Brasil, 6 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Surfistas brasileiros celebram pré-temporada longa e tempo em família

Com mudanças na Liga Mundial de Surfe, atletas aproveitam sete meses de pausa para se dedicar à família e à saúde mental.

A recente decisão da WSL (Liga Mundial de Surfe) de modificar o formato e o calendário para 2026, retirando o Finals — a etapa que determina o título mundial — e reinstaurando o sistema de pontos corridos, trouxe um impacto significativo para os surfistas. Agora, eles têm sete meses de pré-temporada, um intervalo considerável que possibilita uma nova abordagem em suas vidas pessoais e profissionais.

Aproveitando o tempo livre

Com a janela do evento de Bells Beach, na Austrália, programada para abrir apenas em 1º de abril, muitos atletas estão se aproveitando desse longo período para se reconectar com suas famílias e descansar o corpo. Para os surfistas, este é um momento de reflexão, não apenas sobre desempenho nas ondas, mas também sobre como estar presente nas vidas de seus filhos e entes queridos.

Filipe Toledo e a paternidade recente

O bicampeão mundial Filipe Toledo, que já foi um competidor do Finals, expressou sua satisfação com o retorno ao formato tradicional, considerando-o “mais justo”. Residentes da Califórnia, ele e sua esposa, Ananda, estão celebrando a chegada de Zain, seu terceiro filho. “Foi incrível porque eu não estive presente no nascimento da Mahina e do Koa. Este momento é muito especial”, comentou Toledo, enfatizando a alegria de poder acompanhar o nascimento pela primeira vez.

Ao optar por não competir no circuito em 2024, Toledo priorizou o bem-estar da sua família e sua saúde mental. Ele agora se beneficia da extensa pré-temporada, permitindo-se aproveitar mais tempo ao lado de seus filhos durante esse período crucial de suas vidas.

Desafios de Miguel Pupo

Outro surfista, Miguel Pupo, que é pai de quatro filhas, enfrenta desafios diferentes ao equilibrar a vida profissional e familiar. Vivendo intensamente o circuito mundial há quase 15 anos, ele sente que a saudade de casa é maior agora do que quando se tornou pai pela primeira vez em 2017. “As minhas filhas [agora], se expressam muito melhor. Quando eram bebês, eu saía e elas nem percebiam”, revelou Pupo. Ele também expressou a dificuldade de não estar presente em datas importantes, como os aniversários das filhas, que coincidem com o período de competições na Austrália.

Pupo, porém, valoriza o tempo que tem fora do circuito, destacando que agora ele pode organizar seu tempo de forma mais flexível durante a pausa. “Se for um dia ensolarado, e eu não quiser surfar, posso brincar com elas”, detalhou. Essa flexibilidade é uma vantagem que muitos trabalhadores “normais” não possuem, e Pupo faz questão de aproveitar ao máximo.

Reflexões sobre o futuro do surfe

Os surfistas brasileiros estão se adaptando às novas diretrizes da WSL, o que também traz preocupações sobre o futuro competitivo. Pupo, que veio de Maresias, São Paulo, e mora em Balneário Camboriú na Santa Catarina, mencionou o “choque” que a comunidade de surfe sentiu com as recentes mudanças. Os atletas agora se preocupam com a possibilidade de não terem espaço no circuito, mas estão determinados a continuar competindo e performando ao melhor de suas capacidades, dependendo da nova estrutura.

Enquanto os surfistas se preparam para o próximo ano, muitos deles também reconhecem a importância de um equilíbrio saudável entre as suas carreiras e a vida pessoal. O aumento da pré-temporada proporciona uma oportunidade valiosa para aproveitar os momentos familiares, refletindo sobre seu papel não apenas como atletas, mas também como pais e parceiros.

Os próximos meses prometem ser desafiadores, mas os atletas brasileiros do surfe estão prontos para enfrentar essas mudanças, mantendo o foco em sua performance e nas suas famílias.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes