Brasil, 6 de outubro de 2025
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Raquel Castanharo: como correr e tratar o câncer se tornaram arte de viver

A maratonista e fisioterapeuta compartilha sua experiência no tratamento do câncer de mama e a importância da atividade física.

Raquel Castanharo, fisioterapeuta e maratonista, desafiou as expectativas ao descobrir um câncer de mama, 17 dias antes de sua primeira maratona. Desde então, sua jornada tem inspirado muitos, mostrando que a prática de atividades físicas pode coexistir com o tratamento oncológico, oferecendo potência e força em momentos de adversidade.

A corrida como força motivadora

Ao ser diagnosticada com um tumor de 5cm do subtipo luminal B, Raquel se deparou com um novo desafio a ser superado. No entanto, em vez de se render a um estigma que associa a imagem da mulher com câncer a fragilidade, ela decidiu utilizar a corrida como uma forma de se empoderar. “Corri os 42 quilômetros pelas ruas do Rio de Janeiro como um presente”, afirmou, ressaltando o poder que a corrida exerce sobre sua mentalidade.

Impactos do tratamento

Passando por quimioterapia vermelha, Castanharo destacou que os efeitos colaterais não foram tão severos quanto se esperava, mas a gestão da dor e o desgaste físico foram notáveis. “Fiquei de cama. Só o pó da rabiola”, confessou, refletindo sobre a experiência de alternar entre semanas de tratamento intenso e períodos em que se sentia mais disposta. Durante o tratamento, Raquel se manteve ativa, utilizando os momentos de maior energia para treinos de musculação e aeróbicos, tudo isso visando minimizar os efeitos adversos da quimioterapia.

Importância de manter a rotina de exercícios

Agora, sob um novo regime de quimioterapia, Raquel constatou que a continuidade dos exercícios não apenas melhora sua saúde física, mas também contribui significativamente para sua saúde mental e emocional. “Músculo é vida”, afirma Raquel, que se dedica a sessões de musculação quatro vezes por semana e a correr sempre que possível.

Um tratamento holístico

Parte de sua luta envolve a saúde mental. Raquel não esconde os desafios que vem enfrentando e busca suporte psicológico. “Não é vergonha nenhuma. Acho importante a gente tratar a cabeça, assim como trata o tumor”, enfatiza. A aceitação do uso de medicamentos para ansiedade é um passo importante na superação e mantém sua mente focada na luta contra a doença.

Conscientização sobre o câncer de mama

A história de Raquel é especialmente relevante durante o mês de conscientização sobre o câncer de mama. Com um alerta sobre a necessidade de exames regulares, ela compartilha sua experiência: “Eu comi bola… O câncer crescia dentro de mim”. A corrida se tornou também uma ferramenta para informar outros sobre a importância de se atentar a sinais do corpo.

Superando estigmas

Raquel é uma defensora de desmistificar a experiência daquelas que passam pelo câncer. Não se permitindo ser reduzida ao diagnóstico, ela busca ajudar outras pessoas através das redes sociais, compartilhando suas lutas e conquistas. “Decidi que minha vida não vai se resumir ao tratamento”, diz ela, com firmeza.

Ao olhar para o futuro, Raquel expressa uma visão positiva ao afirmar: “Pensar todo dia que vou viver”, resumindo a forma pela qual escolheu encarar sua jornada. A luta continua, mas com uma perspectiva de força e vida plena, mostrando que é possível viver intensamente mesmo diante das dificuldades.

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