Cinco pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) estão entre os cientistas mais influentes do mundo, de acordo com o ranking global elaborado pela Editora Elsevier em parceria com a Universidade de Stanford (EUA). A lista, divulgada em 19 de setembro, é considerada uma das mais respeitadas da comunidade científica internacional e destaca os 2% de pesquisadores com maior impacto em suas áreas de atuação.
Os pesquisadores da UFPI que estão na lista são: Ademir Sérgio Ferreira de Araújo, que é docente no Centro de Ciências Agrárias; Anderson de Oliveira Lobo, do Centro de Tecnologia, Edson Cavalcanti da Silva Filho e Edvani Curti Muniz são do Centro de Ciências da Natureza, e Paulo Michel Pinheiro Ferreira, do Centro de Ciências da Saúde.
Nesse sentido, o professor Edson Cavalcanti da Silva Filho integra o ranking pela quarta vez. Suas pesquisas buscam soluções criativas a partir dos recursos naturais do semiárido. Em uma das linhas de estudo, o docente desenvolve sistemas antimicrobianos a partir da incorporação de óleos essenciais em argilominerais do Piauí, unindo biodiversidade local e ciência de ponta. Outra frente de pesquisa envolve hidrogéis superabsorventes de origem vegetal, capazes de otimizar o uso de água e nutrientes, tecnologia estratégica para a agricultura em regiões áridas.
Na área de materiais sustentáveis, o professor Edvani Curti Muniz lidera investigações sobre polissacarídeos, moléculas naturais com alto potencial de aplicação em produtos inovadores e tecnologias limpas. O grupo de pesquisa coordenado por ele desenvolve soluções que vão desde materiais para a indústria farmacêutica até embalagens biodegradáveis, fortalecendo a inserção da ciência piauiense no cenário global de sustentabilidade.
Já o professor Ademir Sérgio Ferreira de Araújo dedica-se a estratégias para mitigar os impactos da degradação ambiental e das mudanças climáticas no semiárido. Entre seus estudos estão a revegetação de áreas degradadas, o uso de bactérias promotoras de crescimento vegetal para aumento sustentável da produtividade agrícola e a aplicação de hidrogéis como veículos para inoculação de microrganismos benéficos em cultivos como a cana-de-açúcar, abordagens que fortalecem a agricultura sustentável e resiliente.
No campo da saúde, o professor Paulo Michel Pinheiro Ferreira desenvolve pesquisas sobre o potencial terapêutico da biodiversidade brasileira. Ele investiga os compostos bioativos da Casearia sylvestris, conhecida popularmente como guaçatonga, para o desenvolvimento de formulações orais com propriedades fitoterápicas voltadas ao combate de doenças crônicas.

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Com informações da Ascom