Brasil, 6 de outubro de 2025
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Passageiros denunciam clonagem de cartões Jaé no Rio de Janeiro

Usuários do sistema de bilhetagem digital Jaé relatam furtos em seus cartões sem uso prévio.

Recentemente, passageiros do sistema de bilhetagem digital Jaé, utilizado no transporte público municipal do Rio de Janeiro, começaram a relatar casos preocupantes de clonagem e furtos de créditos em seus cartões. As vítimas afirmam que valores depositados em suas contas desapareceram misteriosamente, apesar de não terem utilizado os cartões durante os períodos de desaparecimento dos créditos.

A situação alarmante dos usuários

Gabriella Estevam, professora e residente em Rio das Ostras, é uma das vítimas. Em um relato angustiante, ela compartilhou que notou movimentações estranhas em seu cartão no dia 10 de setembro. “Percebi um valor de 29 passagens debitadas do meu cartão sem que tenha sido eu a usar. Abri 2 chamados, abri chamado no Reclame Aqui, no e-mail do Jaé, fui à loja, perdi vários almoços. Essa é a 3ª vez que tô vindo”, disse. Este problema a levou a adquirir um novo cartão, enquanto bloqueava o antigo, temendo mais prejuízos. Gabriella estima ter perdido cerca de R$ 400 devido às cobranças indevidas, e chamou a atenção para uma questão séria: sua imagem no aplicativo havia sido trocada por outra pessoa sem seu consentimento.

Outra passageira, Patrícia Gomes, que reside em Vargem Pequena, também vivenciou o pesadelo da clonagem. Ao retornar de férias, tentou utilizar seu cartão Jaé, mas recebeu a desagradável notícia de que não possuía saldo suficiente, apenas para posteriormente descobrir que havia sido clonado. “Informaram que meu cartão tinha sido clonado e que o valor havia sido descarregado na Pavuna. Foram 15 vezes de R$ 4,70 de uma vez só. Não tem um controle para esse cartão não passar tantas passagens por dia?”, questionou Patrícia, demonstrando sua revolta com a situação.

Resposta da empresa e autoridades

Em resposta às denúncias, a empresa responsável pelo sistema de bilhetagem Jaé negou que seus cartões possam ser clonados e afirmou que todos os casos estão sendo analisados minuciosamente. A Prefeitura do Rio e a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) informaram que o sistema já foi acionado para investigar as reclamações e que, caso as cobranças indevidas sejam comprovadas, os valores serão devolvidos aos passageiros.

Em nota, o Jaé destacou que seus cartões possuem “diferentes níveis de segurança, o que impede que sejam clonados”. Porém, a situação levantou um questionamento importante: a segurança do sistema é realmente eficaz em proteger os usuários de fraudes? O Jaé orientou as vítimas a procurar seus canais oficiais de atendimento para relatar transações não reconhecidas.

A empresa também confirmou que o caso de Patrícia está sob investigação desde o dia 30 e que uma resposta deve ser dada em até cinco dias úteis. Já no caso de Gabriella, a confirmação de uso fora do trajeto habitual possibilitou o ressarcimento, que está sendo processado.

Preocupações com a segurança do transporte público

Esses episódios levantam uma preocupação maior em relação à segurança dos sistemas de transporte público e à proteção dos dados dos usuários. As instituições responsáveis precisam garantir a integridade do sistema e a segurança financeira dos passageiros. A confiança dos cidadãos no transporte público pode ser severamente abalada por tais casos, que vão além de meras falhas técnicas, refletindo na segurança e no bem-estar de todos os usuários.

As denúncias também destacam a importância de um sistema eficiente de atendimento ao cliente para resolver essas questões, pois muitas das vítimas se sentiram desamparadas nas tentativas de resolver seus problemas. A experiência de Gabriella e Patrícia não é uma ocorrência isolada; cada vez mais pessoas estão se tornando cautelosas em relação ao uso de tecnologias digitais, especialmente em setores onde a segurança financeira é crucial.

Os órgãos responsáveis devem agir rapidamente para solucionar essas questões e implementar melhorias que efetivamente protejam os usuários. A transparência e a proatividade na comunicação com o público são essenciais para restaurar a confiança no sistema de bilhetagem digital e garantir que esses incidentes não se tornem uma prática comum.

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