Após o anúncio do divórcio de Nicole Kidman e Keith Urban, muitas pessoas perceberam a maneira misógina com que a mídia está tratando a atriz. O foco em sua carreira e supostos motivos pessoais reforça estereótipos prejudiciais às mulheres públicas em momentos delicados.
Casal anuncia separação e o foco na carreira de Nicole
O divórcio de quase duas décadas foi confirmado recentemente, com Nicole Kidman solicitando a guarda das filhas, segundo documentos judiciais obtidos pelo BuzzFeed. Apesar do silêncio oficial, fontes próximas indicaram que ela tentou salvar o casamento, enquanto alguns membros do círculo de Keith acharam a separação “inevitável”.
Críticas machistas e a cobrança sobre suas escolhas profissionais
No centro da controvérsia, um título de tabloide questionou se a carreira “libertadora” de Nicole, marcada por papéis mais ousados, teria causado o fim do relacionamento. A manchete dizia: “A carreira sexy de Nicole Kidman deixou Keith Urban ‘sem vê-la como esposa’?”.
Respostas à narrativa sensacionalista
Reações nas redes sociais criticaram duramente a abordagem da mídia. Uma usuária escreveu: “Estamos cansados”. Outros destacaram que Nicole sempre trabalhou desde antes do casamento, e que culpar sua trajetória por um divórcio é injusto.
“Sempre culpam a ambição de uma mulher pelos ciúmes de um homem. O que Nicole faz não é o problema, é a narrativa ultrapassada da sociedade”, comentou uma twitteira, enquanto outra criticou a manchete como “nonsense”.
Desigualdade na cobertura de celebridades masculinas e femininas
Algumas pessoas destacaram que esse tipo de manchete só ocorre com mulheres em situação semelhante, ressaltando a diferença na forma como celebridades masculinas lidam com divórcios sem serem julgadas por suas escolhas profissionais.
A discussão reforça a necessidade de repensar as narrativas midiáticas que, muitas vezes, perpetuam o machismo e reforçam estereótipos sobre o papel das mulheres na sociedade e na vida pública.
O que vem a seguir?
À medida que a atenção se volta para o caso, é importante refletir sobre os padrões de julgamento e respeitar o momento delicado de Nicole Kidman, livre de comentários que reforçam o machismo enraizado na cobertura do entretenimento.