Na noite de domingo, 5 de outubro, o Ministério da Saúde (MS) atualizou os dados sobre os casos suspeitos de intoxicação por metanol no Brasil. Até o momento, foram registrados 225 casos no total, sendo 16 confirmados e 209 em investigação.
Panorama dos casos no Brasil
O estado de São Paulo se destaca como o maior foco da intoxicação por metanol, apresentando números alarmantes em comparação com outras regiões do país. Confira a distribuição dos casos por estado:
- São Paulo: 192 casos, com 14 confirmados e 178 em investigação.
- Distrito Federal: 1 caso suspeito.
- Goiás: 2 casos suspeitos.
- Mato Grosso do Sul: 5 casos suspeitos, sendo um descartado.
- Mato Grosso: 1 caso suspeito.
- Pernambuco: 10 casos suspeitos, com dois descartados.
- Paraná: 2 casos suspeitos e 2 confirmados.
- Rondônia: 1 caso suspeito.
- Piauí: 2 casos suspeitos.
- Rio Grande do Sul: 2 casos suspeitos.
- Rio de Janeiro: 1 caso suspeito.
- Paraíba: 1 caso suspeito.
- Ceará: 3 casos suspeitos.
Até agora, duas mortes foram confirmadas, ambas em São Paulo. Além disso, há casos de óbitos em investigação, sendo sete em São Paulo e outros em Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Ceará.
Ações do Ministério da Saúde
Frente a essa situação crítica, o Ministério da Saúde anunciou uma série de medidas para reforçar o tratamento e a prevenção de novas intoxicações. Uma das ações mais significativas é a importação de 2,6 mil frascos do antídoto Fomepizol, que deve chegar do Japão ainda nesta semana, conforme comunicado do ministro Alexandre Padilha.
Além disso, a pasta já havia adquirido 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico para um estoque estratégico e agora anunciou a compra de mais 12 mil ampolas do medicamento. Essa substância, assim como o Fomepizol, é utilizada no tratamento de intoxicações por metanol.
“Nós adquirimos mais 12 mil ampolas no laboratório nacional”, afirmou Padilha. O ministro também recomendou à população que evite a ingestão de bebidas destiladas enquanto os casos são investigados e tratados, visando a proteção e a saúde pública.
Essas medidas são essenciais para conter o avanço dos casos de intoxicação, especialmente em uma época em que os consumidores podem não estar cientes dos riscos associados a bebidas não regulamentadas e potencialmente adulteradas.
Importância da conscientização
Além das respostas imediatas do governo, é fundamental que a população esteja informada sobre os perigos do metanol. O metanol, um tipo de álcool que pode ser encontrado em bebidas destiladas de baixa qualidade, apresenta sérios riscos à saúde, incluindo a possibilidade de cegueira, insuficiência renal e até morte.
Os sinais de intoxicação podem variar, mas incluem náuseas, vômitos, dor de cabeça e confusão. Por isso, qualquer pessoa que suspeite ter ingerido metanol deve buscar atendimento médico imediato.
As autoridades de saúde alertam que a prevenção é a melhor estratégia: a escolha consciente de produtos alcoólicos de fontes confiáveis é crucial para evitar intoxicações e proteger a saúde de todos.
À medida que mais informações se tornam disponíveis e os tratamentos são ministrados, a expectativa é de que a situação se stabilize e que novas intoxicações possam ser prevenidas.
O Ministério da Saúde irá continuar monitorando a situação e fornecerá atualizações conforme necessário, para garantir a saúde e segurança da população brasileira.