Brasil, 6 de outubro de 2025
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Lula se surpreende com cordialidade de Trump em conversa

Presidentes dialogam sobre tarifas e agendam encontro em breve.

Nesta segunda-feira (6/10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou surpresa ao comentar sobre a “cordialidade” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante uma conversa telefônica entre os dois. O tom amigável do diálogo, que durou cerca de 30 minutos, gerou expectativas em relação a uma possível aproximação entre Brasil e EUA.

Entenda o contexto da conversa

Durante uma entrevista à TV Mirante, Lula ressaltou a importância da responsabilidade e da experiência dos líderes, afirmando: “São dois homens de 80 anos, com muita responsabilidade, com muita experiência. A gente não pode errar.” O presidente brasileiro enfatizou que tanto o povo americano quanto o brasileiro não devem sofrer pelas falhas nas políticas internacionais.

A conversa entre Lula e Trump não apenas teve um tom positivo, mas também resultou em uma pactuação para um encontro presencial no futuro próximo. Lula designou seus ministros para participar das negociações sobre tarifas comerciais, um dos principais pontos discutidos durante a ligação.

Negociações sobre tarifas comerciais

O presidente brasileiro pressionou pela revogação das tarifas impostas às exportações brasileiras e pela retirada das sanções que afetam autoridades brasileiras. “Nós ficamos de marcar uma conversa para a gente se encontrar em torno de uma mesa. Enquanto isso, nosso pessoal vai negociando e tentando decidir, porque não tem sentido isso, a taxação que foi feita ao Brasil”, afirmou Lula.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, junto aos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira, acompanharam a ligação, mostrando a relevância que o governo brasileiro atribui ao diálogo com os EUA. Do lado americano, o secretário de Estado Marco Rubio foi encarregado das tratativas.

A importância do diálogo internacional

A conversa entre os dois líderes se segue a um contexto de abertura das negociações, que foi percebido durante a 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). No encontro, Trump elogiou Lula, mencionando que eles tiveram uma “química excelente”. A capacidade de diálogo entre as duas potências é vista como uma oportunidade para fortalecer relações comerciais e políticas, algo essencial em um cenário global cada vez mais complexo.

“Eu falei para ele: para a gente começar a conversa, é importante que comece a haver o zeramento das taxações”, destacou Lula, reiterando a necessidade de medidas concretas que favoreçam os dois países e promovam um ambiente mais favorável de comércio e cooperação.

Próximos passos e expectativas

Lula sugeriu que o encontro pessoal entre eles ocorra durante a cúpula da ASEAN na Malásia, no final de outubro, e reiterou o convite para que Trump participe da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, que acontecerá em Belém, no estado do Pará. Além disso, o presidente brasileiro se colocou à disposição para viajar aos Estados Unidos, assumindo uma postura proativa em relação às relações internacionais.

Os avanços nas negociações foram bem recebidos também no Brasil, com governistas celebrando o diálogo positivo entre as duas nações. A expectativa é que tais conversas contribuam significativamente para uma nova era nas relações Brasil-EUA, centradas em interesses mútuos e cooperação.

A ligação telefônica entre Lula e Trump representa não apenas um primeiro passo em direção a uma relação mais cooperativa, mas também um sinal de que a diplomacia pode prevalecer em tempos desafiadores. Para muitos analistas, o resultado desse diálogo poderá estabelecer um novo modelo de relações internacionais, onde o respeito e a colaboração entre países se tornam a prioridade.

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