Brasil, 6 de outubro de 2025
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Governador de São Paulo descarta involvemento do PCC em casos de metanol

Autoridades alertam sobre bebidas adulteradas com metanol em SP; saiba como se proteger.

Recentes casos de intoxicação por metanol no estado de São Paulo têm gerado preocupação entre consumidores e autoridades. Na última segunda-feira (6), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) descartou a hipótese de participação de organizações criminosas na produção e venda de bebidas adulteradas com essa substância perigosa. As investigações apontam, ao invés disso, para práticas de falsificação que aumentam o volume de bebidas.

A situação em números

Segundo dados do governo estadual, até a manhã de segunda-feira, o estado de São Paulo registrou 192 casos de contaminação por metanol, sendo 14 confirmados, incluindo 2 mortes, e 178 casos em investigação, que envolvem 7 mortes. Isso levanta a necessidade urgente de medidas para proteger os consumidores e coibir práticas ilegais no comércio de bebidas.

Possíveis causas da contaminação

Durante coletiva de imprensa, o governador Tarcísio de Freitas mencionou que uma das linhas de investigação gira em torno da higienização inadequada de garrafas reaproveitadas. Essas garrafas, que deveriam ser encaminhadas para reciclagem, estão sendo compradas no mercado clandestino para facilitar a falsificação de bebidas. “Um grande insumo para o falsificador é a garrafa consumida que deveria ir para a reciclagem, mas não está sendo cumprido”, explicou.

A Secretaria da Segurança Pública, representada pelo secretário Guilherme Derrite, reforçou a ideia de que a participação de facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC) é pouco provável, já que o lucro proveniente de bebidas adulteradas é considerado bem menor em comparação com o tráfico de drogas. “Uma organização criminosa que lucra com tráfico de drogas teria pouco interesse em um negócio que não proporciona lucros significativos”, afirmou Derrite.

Bebidas em risco

Até o momento, as bebidas identificadas em casos de intoxicação por metanol incluem destilados como vodca e gin. Especialistas alertam que, neste momento, nenhuma bebida pode ser considerada totalmente segura. Os destilados incolores, em particular, apresentam um risco maior de adulteração. Embora cerveja, vinho e chope sejam considerados menos vulneráveis, principalmente devido ao seu processo de produção, a cautela é recomendável.

Como identificar a presença de metanol?

Um dos maiores problemas em detectar a adulteração com metanol é que ele não altera visualmente a bebida, ou seja, não possui cor, odor ou sabor que possam ser percebidos pelo consumidor. Apenas testes laboratoriais são capazes de identificar sua presença. Por isso, especialistas se referem a ele como uma “substância traiçoeira”.

Conselhos aos consumidores

Com o aumento dos casos de contaminação, as autoridades disponibilizam algumas orientações para ajudar a população a evitar a compra de bebidas adulteradas:

  • Desconfiar de preços muito baixos;
  • Comprar apenas em estabelecimentos conhecidos e confiáveis;
  • Verificar se as garrafas possuem lacre e selo fiscal;

Além disso, a Abrasel, entidade que representa bares e restaurantes, recomenda que as garrafas vazias sejam inutilizadas para impedir que falsificadores as reutilizem. Em casos de sintomas de intoxicação, a orientação é procurar atendimento médico imediato e informar a origem da bebida consumida, contribuindo para as investigações em andamento.

O governo de São Paulo continua a monitorar a situação e pediu a destruição de garrafas, rótulos e lacres apreendidos nas operações recentes. Desde a semana passada, mais de 7 mil garrafas suspeitas foram recolhidas, representando um passo importante para a segurança dos consumidores.

À medida que as investigações prosseguem, o estado busca não apenas identificar as raízes do problema, mas também assegurar que os cidadãos possam consumir bebidas de maneira segura e confiável.

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