Brasil, 6 de outubro de 2025
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Fraga critica política fiscal e alerta sobre juros elevados e inflação

Arminio Fraga aponta que a política fiscal do Brasil reforça o risco e pressiona juros, dificultando o equilíbrio econômico.

O economista Arminio Fraga afirmou nesta segunda-feira (6) que a política fiscal brasileira embute um prêmio de risco nos investimentos, o que pressiona as taxas de juros e prejudica o crescimento econômico. Segundo ele, sem uma mudança significativa na condução fiscal, o Banco Central não conseguirá equilibrar a economia sozinho.

Política fiscal e juros: uma relação preocupante

Fraga destacou que as isenções tributárias e outros projetos de incentivo fiscal reforçam a percepção de risco do país, aumentando o custo do crédito. “Isso encurta os horizontes das pessoas, amedronta o investimento, e reforça as taxas de juros elevadas”, explicou. Ele criticou ainda a combinação de uma dívida pública em dinâmica delicada com esses estímulos fiscais, que dificultam a gestão macroeconômica.

Meta de inflação e ajustes na política monetária

Questionado por Galípolo sobre a possibilidade de alongar o horizonte de convergência da meta de inflação, Fraga comentou que não se trata de afrouxar a política, mas sim de ajustar a “dosimetria” do esforço. Ele comparou a situação com o uso de medicamentos, dizendo que o Banco Central tem sido gradual nos ajustes da taxa Selic, evitando mudanças bruscas.

Analogia com tratamento medicamentoso

Fraga explicou que, desde o início do ciclo de alta de juros, o BC vem adotando uma postura mais cautelosa. “Não deu toda a cartela de antibióticos de uma vez, mas também não suspendeu o tratamento no primeiro sinal de melhora”, comentou, reforçando a estratégia gradual de ajuste.

Perspectivas para a inflação até 2028

O atual presidente do Banco Central destacou que, de acordo com o boletim Focus, a inflação não deve atingir a meta oficial até 2028. Na projeção desta semana, o mercado reduziu a expectativa para a inflação de 2025 para 4,8%, ainda acima do teto da meta, que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Para Fraga, essas projeções reforçam a necessidade de uma política fiscal mais responsável e consistente, capaz de reduzir a inflação e estabilizar a economia.

Mais detalhes da avaliação do economista podem ser conferidos no link da notícia.

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