Brasil, 7 de outubro de 2025
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Encontro estratégico entre Lula e Trump pode fortalecer relações comerciais

Especialistas destacam a importância do diálogo pragmático e da atuação diplomática na aproximação entre Brasil e EUA

A conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, marcada por um enfoque na economia e no comércio, reforça as condições para um encontro presencial estratégico. A iniciativa, segundo professores de Relações Internacionais ouvidos pelo blog, foi impulsionada pelo momento político favorável ao Brasil e pela atuação cuidadosa do empresariado brasileiro e norte-americano.

Reconstrução das relações e estratégia diplomática

Para José Niemeyer, professor do Ibmec, o cenário político de Trump nos Estados Unidos está desfavorável, o que favorece negociações mais pragmáticas. “Se a conjuntura ficou mais favorável para Lula internamente, ela está muito desfavorável para Trump nos EUA. A paralisação da máquina pública, a postura agressiva no Congresso e a guerra na Ucrânia podem ter levado Trump a perceber que não vale a pena aumentar o conflito com o Brasil”, afirma.

Roteiro planejado e negociações comerciais

Segundo Niemeyer, o Brasil desejava um roteiro de contatos mais voltado ao aspecto comercial, evitando temas polêmicos. “O foco deve se restringir a questões como etanol, aço e soja. Outros temas, como legislação das Big Techs ou relações com Bolsonaro, são considerados menos viáveis para negociações”, explica.

Leonardo Paz Neves, professor do Ibmec-RJ, avalia que a atuação diplomática brasileira foi impecável, destacando que o grande desafio agora é montar um pacote de ofertas que permita ao presidente Trump apresentar vitória na negociação. “Precisamos criar uma proposta de troca que permita a ele ‘salvar a face’, mesmo que as condições sejam limitadas”, analisa.

Contexto político e interesses econômicos dos EUA

Neves também aponta que a postura de Trump pode estar relacionada à sua tentativa de se reeleger, tendo em vista o cenário interno nos Estados Unidos. “A estratégia de usar Rubio como emissário aparenta uma tentativa de apaziguar grupos radicais, mantendo uma postura cautelosa sem parecer frouxa”, avalia. O professor acrescenta que a narrativa de Trump, anteriormente marcada por tarifas agressivas, agora tende a focar em interesses econômicos sem mencionar Bolsonaro, sinalizando uma mudança de foco.

Perspectivas para o futuro

Os especialistas ressaltam que o sucesso das negociações depende da elaboração de um pacote mínimo que permita ao Brasil manter sua posição na relação com os EUA. Leonardo Trevisan, mestre em História Econômica, destaca que Trump busca equilibrar interesses econômicos e eleitorais, enquanto o governo brasileiro trabalha para consolidar uma estratégia que possa indicar uma vitória diplomática.

A expectativa é que, até o momento do encontro, a diplomacia brasileira continue preparando uma agenda estratégica que beneficie os interesses do país, consolidando a relação bilateral baseada no pragmatismo e na cooperação econômica.

Para mais detalhes sobre as análises e o contexto dessa aproximação, acesse a fonte completa.

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