Elon Musk, o CEO da Tesla e proprietário da X, surpreendeu muitos ao fazer um apelo para que seus seguidores na X (anteriormente Twitter) cancelassem suas assinaturas da Netflix. O motivo? O que ele considera uma “tendência woke” da plataforma, que inclui personagens LGBTQ+ em suas produções.
Campanha do boicote ganha força
Na semana passada, Musk anunciou que havia cancelado sua própria assinatura e encorajou outros a fazerem o mesmo. O estopim dessa campanha foi o desenho animado “Dead End: Paranormal Park”, lançado em 2023, que apresenta um personagem trans. Sua crítica se expandiu para incluir outras produções da Netflix, onde Musk afirma que a plataforma está “sexualizando crianças” e promovendo uma suposta “propaganda trans”.
Um dos vídeos que intensificou a discussão foi compartilhado pela conta ‘Libs of TikTok’, mostrando um robô interagindo com uma criança não-binária. Musk postou no Twitter que o “cancelamento” da assinatura da Netflix era a única maneira de proteger “a saúde dos seus filhos”.
Controvérsias em animações infantis
Em outro momento, Musk criticou a série “Transformers: EarthSpark”, onde uma nova personagem robô, chamada Nightshade, é referida com pronomes de gênero neutro (“they/them”) e diz: “Ele/Ela simplesmente não se encaixa quem eu sou”. Além disso, o icônico personagem Optimus Prime pede desculpas quando pode usar os pronomes errados para outro personagem.
Essas representações geraram reações mistas nas redes sociais, com muitos apoiando a inclusão e outros, incluindo Musk, expressando preocupação sobre o impacto dessas narrativas sobre as crianças.
A repercussão nas ações da Netflix
A provocação de Musk parece ter surtido efeito, pois ações da Netflix sofreram uma queda significativa após seu apelo. Segundo a Wion, as ações da plataforma despencaram cerca de 4,3% em apenas um dia e meio, com o valor de mercado da empresa caindo em 15 bilhões de dólares. Isso marcou uma das piores perdas desde abril, refletindo a repercussão do boicote promovido por Musk.
A incursão de Musk na cultura pop não é novidade, especialmente em questões que envolvem diversidade e inclusão. Recentemente, ele se tornando o primeiro indivíduo no mundo a ultrapassar a marca de um patrimônio líquido de 500 bilhões de dólares, de acordo com o índice de bilionários da Forbes, consolidou ainda mais seu status como a pessoa mais rica do planeta, com a maior parte de sua fortuna concentrada na Tesla.
Relação conturbada com a família
Vale lembrar que Musk tem uma filha trans, Vivian Wilson, que se afastou dele. Esse contexto levanta questões sobre a autenticidade de suas opiniões e interesses na discussão em torno de identidade de gênero e inclusão. A aparente contradição entre suas críticas à Netflix e sua relação familiar geram um debate intenso entre especialistas e o público.
À medida que a controvérsia cresce, a Netflix enfrenta não apenas perdas financeiras, mas também uma batalha cultural em um momento em que a diversidade é mais crítica do que nunca na indústria do entretenimento. A luta do streaming contra boicotes, especialmente de figuras influentes como Elon Musk, ilustram a polarização das opiniões na sociedade atual.
Enquanto isso, os amantes da Netflix aguardam ansiosamente para ver como a plataforma responderá a essas pressões e quais passos tomará para manter uma programação variada e inclusiva.
A discussão está longe de terminar e o impacto das declarações de Musk poderá ter um efeito duradouro na percepção pública e na estratégia de conteúdo da Netflix.
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