Brasil, 6 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Alckmin revela que Trump designou Marco Rubio para negociar tarifas com o Brasil

Vice-presidente Geraldo Alckmin informou que o diálogo recente indica avanços na relação entre Brasil e EUA após sanções e tarifas tarifárias

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o presidente Donald Trump designou seu secretário de Estado, Marco Rubio, como interlocutor para negociar o tarifaço com o Brasil, em telefonema ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira. Segundo Alckmin, na conversa, Lula questionou a necessidade de revisar sanções e o cancelamento de vistos de autoridades brasileiras.

Diálogo positivo e perspectivas de aproximação

— Foi muito boa a conversa, melhor do que esperávamos. O presidente Lula destacou a disposição do Brasil para o diálogo e para a negociação — afirmou o vice-presidente. — O presidente Lula colocou que as sanções e vistos sobre ministros também deveriam ser rediscutidos — completou.

Previsão de novos encontros

Alckmin declarou não haver previsão de quando uma nova conversa deve ocorrer, mas destacou a troca de telefonemas entre Lula e Trump como um sinal positivo de diálogo. Lula também conversou na manhã desta segunda-feira com Trump por cerca de 30 minutos, em uma ligação que ocorreu duas semanas após o encontro na Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

Ulteriores negociações e clima de otimismo

A reunião virtual foi considerada “positiva”, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participou do encontro. A aproximação entre os líderes abre caminho para um possível encontro presencial na Malásia, no final do mês, durante a cúpula da ASEAN, atendendo às recomendações de evitar contato direto até o momento.

O governo brasileiro afirmou que Lula descreveu o contato como uma oportunidade para restabelecer as relações de amizade entre as duas maiores democracias ocidentais, ressaltando que o Brasil mantém superávit na balança de bens e serviços com os Estados Unidos, sendo um dos três países do G20 nesta condição.

Contexto internacional e sinais de reaproximação

Desde a visita de Trump à ONU em setembro, quando elogiou Lula e apontou a possibilidade de uma reunião bilateral, a relação entre os dois países apresentou sinais de melhora. Trump também criticou a restrição à liberdade de expressão em plataformas digitais e associou a taxação do Brasil às tentativas de interferência nos direitos e liberdades dos cidadãos americanos.

Na ocasião, Trump destacou que se encontraram rapidamente na sede da ONU e que a química entre ambos foi boa. “Eu gostei dele, ele gostou de mim. Só faço negócios com quem eu gosto”, afirmou Trump, citando a forte impressão que teve do presidente brasileiro.

Já Lula comentou que ficou surpreso com o discurso de Trump na ONU e que a interação teve um tom amistoso, destacando a “química boa” entre os dois. “Ele veio até mim de forma muito simpática, o que me deixou feliz”, relatou o presidente.

Especialistas avaliam que a retomada do diálogo é um sinal de esperança para a melhora na relação bilateral, que passou por momentos de tensão devido às tarifas e sanções unilaterais.

Para acompanhar os desdobramentos dessa retomada diplomática, interesses econômicos e políticos, as próximas semanas serão decisivas na definição de uma agenda de encontros presenciais e ações conjuntas.

Fonte: Globo

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes