Brasil, 6 de outubro de 2025
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A conversa entre Lula e Trump gera reações polarizadas nas redes sociais

A troca de telefonemas entre Lula e Trump reacende debates políticos e provoca reações divergentes entre apoiadores de diferentes lados.

A recente conversa telefônica entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Donald Trump, desencadeou uma série de reações nas redes sociais. Enquanto apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro celebram a nomeação do secretário de Estado americano, Marco Rubio, como intermediário das negociações entre os dois países, os petistas festejam o início das conversas, visando ironizar figuras como o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Os bolsonaristas mantêm a expectativa de que Rubio, conhecido por suas críticas à administração de Lula, possa dificultar o entendimento entre as nações.

Reações da direita e da esquerda

O líder do Partido Liberal na Câmara, por exemplo, descreveu a movimentação de Trump como “jogada de mestre”, sugerindo que a escolha de Rubio serve como um aviso direto ao Planalto. Em suas palavras, “pra quem ainda duvidava que a culpa das tarifas é do descondenado, o jogo está escancarado”, sublinhando a sensação de que Lula ainda carrega um fardo da sua própria história política.

Paulo Figueiredo, um blogueiro que tem estado ao lado de Eduardo Bolsonaro em esforços para impor sanções aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), comentou a nomeação de Rubio como um sinal de que as relações entre os países não progrediram. “Acordei embasbacado ao ver a imprensa comemorando a vinda de Marco Rubio. Zero de avanço! O grau de desconexão com a realidade é patológico”, expressou, ressaltando a gravidade da questão.

Os deputados federais General Pazuello (PL-RJ) e Alexandre Ramagem (PL-RJ) rapidamente se juntaram ao coro de celebrações pela nomeação de Rubio. Pazuello afirmou que o fato de Rubio ser um filho de exilados cubanos, avesso ao socialismo e frontalmente contra regimes autoritários da América Latina, representa um pesadelo para a esquerda. “Rubio seguirá a carta do Trump: normalidade democrática, acabar com censura e perseguição política, eleições livres e deixem Bolsonaro em paz”, comentou no aplicativo X.

Críticas ao pedido de Lula

Por outro lado, Carlos Jordy, também deputado federal, condenou o pedido feito por Lula a Trump para retirar sanções aplicadas ao ministro do STF, Alexandre de Moraes. Ele destacou que essa sanção, imposta sob a Lei Magnitsky, implica sanções financeiras significativamente restritivas, além de não requerer uma condenação judicial. “Olha a preocupação do descondenado. Em videoconferência, ele pediu que Trump retirasse sanções da Magnitsky. O Brasil com inúmeros problemas, mas ele prioriza ajudar o ministro que o apoiou a chegar à Presidência”, criticou Jordy, apresentando uma visão crítica da agenda de Lula.

Outro lado da moeda: celebração entre os apoiadores de Lula

Enquanto isso, os apoiadores de Lula manifestam contentamento com o contato direto entre os dois líderes. Talíria Petrone (PSOL-RJ) ironizou a situação ao compartilhar um vídeo de Eduardo Bolsonaro chorando após a notícia da conversa. “Lula conversou com Trump essa manhã pelo telefone. Alguém sabe se bananinha tá bem?”, escreveu ela, evidenciando a polarização ainda mais intensa entre os grupos.

O vereador de Belo Horizonte, Pedro Rousseff, sobrinho-neto da ex-presidente Dilma Rousseff, também se manifestou ao compartilhar a postagem de Trump que enfatizava a conversa, sugerindo que este poderia ser um novo capítulo nas relações entre os dois países.

Lula, por sua vez, se mostrou positivo sobre a conversa, classificando-a como “muito boa”. Trump, em contrapartida, postou em sua rede social Truth Social que a conversa focou em temas de economia e comércio, indicando uma busca por reestabelecer laços comerciais entre Brasil e Estados Unidos.

Essa troca de telefonemas revela não apenas a complexidade das relações internacionais entre Brasil e EUA, mas também a divisão política acentuada que permeia o cenário brasileiro contemporâneo. O futuro das relações dependerá de como essas conversas evoluirão e da capacidade dos líderes de avançar em interesses conjuntos, apesar das divergências ideológicas e das pressões internas.

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