Quem nunca se emocionou assistindo às melhores amigas da TV enfrentarem juntas os altos e baixos da adolescência e da vida adulta? De Blair e Serena a Monica e Rachel, essas duplas marcaram nossa infância e juventude, com momentos icônicos e diálogos memoráveis. No entanto, com o passar do tempo, ficamos mais conscientes de que muitas dessas amizades, por trás das cenas de cumplicidade, escondiam relações tóxicas, cheia de traições, manipulações e comportamentos abusivos.
Blair e Serena (Gossip Girl): Amizade à Beira do Red flag
Exibindo uma versão glamourosa da amizade, Blair e Serena tiveram suas disputas e traições, como Blair falsamente acusando Serena de usar drogas para prejudicá-la na Yale. Além disso, Serena repetiu o padrão ao dormir com Nate e Dan, mesmo estando com Blair. Essas ações revelam uma relação permeada por egoísmo e manipulação, que, ignorando os afetos, se sustentava na rivalidade.
Riley e Maya (Girl Meets World): Pequenas másculas escondidas
Apesar do carinho, a amizade entre Riley e Maya também tinha suas sombras. Maya tentou proteger Riley de descobrir que Pluto foi rebaixado, manipulando a informação, o que gerou um conflito de confiança. Além disso, a discussão de Riley, tentando convencer Maya de que ela estava “se tornando igual a Riley”, mostra o quanto a insegurança e a competição às vezes dominavam essa relação.
Alison e Hanna (Pretty Little Liars): Vibração tóxica
Alison, líder do grupo, não poupava Hanna de críticas, como o hábito de fatshame-la. Quando Alison morreu, Hanna passou por uma crise de identidade, mudando tudo sobre si mesma para parecer mais com ela, um sinal claro de autoabandono e insegurança propagadas por uma amizade que, na verdade, era marcada por controle e manipulação.
Effy e Pandora (Skins UK): Relações perigosas
Effy chegou a pedir à Pandora por que elas ainda eram amigas, e Pandora respondeu que era por ela ser “a mais legal”. Mas a relação ficou ainda mais tensa quando Effy ajudou a drogar Pandora em uma festa, expondo como amizades com base em conveniência podem ser extremamente destrutivas e impulsionadas por comportamentos de risco.
Elena e Bonnie (The Vampire Diaries): Entre o amor e o ódio
Embora Bonnie tenha sacrificado sua vida por Elena, sua amizade também foi marcada por tensões. Elena, sem perceber, passou meses sem saber da morte de Bonnie, e as duas até chegaram a tentar se machucar, numa dinâmica de proximidade e conflito que refletia os limites de uma amizade com diversas camadas de complexidade emocional.
Tracy e Evie (Thirteen): A busca por aceitação
Tracy mudava toda sua personalidade só para agradar Evie, abandonando amigos, sua mãe e até quem ela realmente era. Quando a mãe de Tracy recusou a adoção de Evie, essa passou a mentir e a se desviar, destruindo a relação por ganância e desejo de validação.
Betty e Veronica (Riverdale): Red flags no coração
Veronica beijou Jughead, o namorado de Betty, enquanto ela ainda tinha sentimentos por Archie. E Betty também manteve um affair com Archie, mesmo sabendo da relação dele com Veronica. Essas ações revelam o quanto a amizade delas tinha limites claros e, muitas vezes, um lado emocional altamente tóxico.
Rachel e Monica (Friends): Rivalidade enviesada
Apesar de uma amizade marcada por momentos de apoio, Rachel invadiu o espaço de Monica ao convencer a se mudar para seu apartamento e ao se sobrepor na cerimônia de noivado, demonstrando uma relação marcada por competição e insegurança.
Carrie e Miranda (Sex and the City): Conflitos à vista
As discussões entre elas mostravam que, por mais que fossem amigas, diferenças profundas também existiam, como quando Miranda chamou Carrie de “louca” na noite pré-wedding, revelando que a amizade, por vezes, se tornava tóxica por causa de desentendimentos e críticas severas.
Outras amizades marcadas por imperfeições
Alex e Harper (Wizards of Waverly Place), Max e Ginny (Ginny e Georgia), Rory e Lane (Gilmore Girls): todas com suas próprias dinâmicas difíceis que, sob um olhar mais maduro, revelam como o encaixe de uma amizade saudável exige limites, respeito e sinceridade — elementos que muitas vezes faltaram nessas relações.
Reflexões finais
Apesar do glamour, das risadas e do calor de uma amizade verdadeira, estas duplas na TV nos ensinaram lições duras: que nem tudo que parece perfeito é saudável. O que parecia ser uma conexão inquebrável tinha suas camadas de manipulação e autotortura. Ainda assim, essas histórias continuam a fazer parte do nosso imaginário, relembrando que, independentemente do tamanho do red flag, é preciso cautela ao identificar relações tóxicas disfarçadas de amor.
Estamos mais velhos e mais sábios, e agora conseguimos enxergar que muitos desses laços, por mais marcantes que tenham sido, não eram nada além de relações carregadas de toxicidade. E, no fim, foi através dessas histórias fictícias que aprendemos um pouco mais sobre nossos próprios limites, nossas amizades e nossos red flags.
