Brasil, 5 de outubro de 2025
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Wildlife detectives desvendam crimes contra animais ameaçados

Investigadores de toda parte combatem tráfico e crueldade contra espécies em extinção, com ações que salvam vidas e preservam o planeta

No último mês, durante a convenção CrimeCon em Denver, tive a oportunidade de conhecer a rotina de investigadores ambientais que lutam contra crimes contra animais ameaçados de extinção. Essas equipes, compostas por agentes federais e estaduais, atuam na proteção de espécies, desmantelando redes de tráfico e punindo quem desrespeita leis ambientais.

Por que combater o tráfico de animais ameaçados

Segundo Ed Newcomer, ex-agente do Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA, o objetivo principal dessas operações é salvar espécies que estão na corda bamba. “No final, sua missão é proteger os animais e isso é muito gratificante”, afirmou. Apesar de não focarem especificamente em maus-tratos, o tráfico ilegal muitas vezes resulta em crueldade, com animais sendo mortos ou maltratados no comércio clandestino.

De acordo com a Interpol, o tráfico ilegal de fauna movimenta até US$ 20 bilhões por ano, tornando-se uma das atividades criminosas mais lucrativas do mundo. Para Newcomer, essa brutalidade é crescente, com espécies como rinocerontes, elefantes e pangolins sendo vítimas de caçadores por suas partes, que valem ouro no mercado internacional.

Casos impactantes e desafios da investigação

Uma tragédia naExtinção

Um dos casos mais emocionantes e devastadores foi a investigação de um rinoceronte javanês morto na Indonésia, em 2010. Newcomer e sua equipe descobriram que o animal não morreu por causas naturais, como se acreditava inicialmente, mas por ter sido baleado enquanto tentava escapar — seu chifre havia sido removido, indicando tráfico ilícito.

“Ver um animal à beira da extinção morrer assim é uma experiência que nunca se esquece”, declarou Newcomer, que também trabalhou no Brasil em ações de preservação.

Operações secretas e provas complexity

Para combater esse crime organizado, os investigadores adotam estratégias de inteligência, muitas vezes atuando na clandestinidade. Newcomer revelou que trabalhou disfarçado, participando de operações para identificar traficantes e suas rotas. “É fundamental entender quem demanda e quem fornece esses produtos ilegais”, explicou.

Recentemente, uma denúncia inusitada no Estados Unidos revelou um casal que tentou vender um crânio de tartaruga-marinha — espécie protegida — em um voo internacional. Os oficiais da California Department of Fish and Wildlife descobriram que os suspeitos tinham também peças de outros animais ameaçados, incluindo leões e lobos taxidermizados, após uma conversa suspeita a bordo de um avião.

O papel da educação na prevenção

Os especialistas ressaltam que, além da ação policial, a conscientização da população é crucial. “Muitas pessoas compram partes de animais protegidos por desconhecimento, como conchas de tartaruga”, alertou Newcomer. Ele acredita que a educação pode reduzir a demanda por esses produtos ilegais, contribuindo para a preservação das espécies.

O podcast de Newcomer, intitulado “Nature’s Secret Service”, lança sua segunda temporada com histórias incríveis de investigações pelo mundo. Assim, espera-se que o público se torne cada vez mais aliado na luta contra o tráfico e o abate ilegal de animais ameaçados.

Por que fazer parte dessa luta

Profissionais como Newcomer e Babauta dedicaram suas carreiras à proteção da biodiversidade, muitas vezes enfrentando perigos e desafios que poucos imaginam. Seus esforços têm um impacto direto na sobrevivência de espécies que, sem esses esforços, poderiam desaparecer definitivamente.

Se você se comove com a causa e deseja ajudar, saiba que a conscientização é o primeiro passo. Respeite as leis, evite comprar produtos de origem suspeita e apoie organizações que trabalham na defesa da vida selvagem.

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