Brasil, 5 de outubro de 2025
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Profissionais de saúde criticam comentário de Karoline Leavitt sobre checagem de status imigratório em UPAs

Profissionais de saúde reagiram duramente às declarações de Karoline Leavitt, que evitou responder se hospitais devem checar status imigratório.

Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, gerou indignação ao evitar responder uma pergunta sobre se hospitais de emergência devem checar o status imigratório antes de atender pacientes em situação crítica. Questionada diretamente por um repórter, ela afirmou que essa é uma questão para profissionais de saúde e especialistas jurídicos resolverem, o que foi considerado uma postura evasiva por médicos e analistas.

Reações de profissionais de saúde à declaração de Leavitt

Especialistas em medicina criticaram duramente a postura da secretária. Dr. Jonathan Reiner, cardiologista e professor na Universidade George Washington, chamou a posicionamento de “grossamente imoral”, reforçando que negar atendimento com base no status imigratório viola princípios éticos e de direitos humanos.

Outro médico, Dr. Craig Spencer, conhecido por sua experiência no tratamento de pacientes com Ebola, destacou que na prática, ele jamais pergunta sobre imigração ou seguro quando atende uma pessoa em estado grave. “Meu papel é responder ao paciente na sua frente, como se nem imigração nem seguro existissem naquela hora”, afirmou Spencer. “Então, o que os americanos querem que eu faça quando o indivíduo morrendo na minha frente é indocumentado? Deixe-o morrer? E se ele não tiver seguro? Verifique se ele pagou suas mensalidades antes de checar seu pulso?”

Impacto na opinião pública e no debate sobre saúde e imigração

A postura de Leavitt reacendeu o debate sobre o que se espera de profissionais de saúde em relação ao atendimento de imigrantes indocumentados nos Estados Unidos. Especialistas reforçam que negar atendimento em emergências viola direitos humanos e valores médicos fundamentais.

Essa controvérsia também evidencia o peso das questões imigratórias na política de saúde pública, especialmente em um momento de crescente polarização. O caso foi divulgado pelo HuffPost, reacendendo o debate sobre os limites éticos em situações de vida ou morte.

O que dizem profissionais e entidades de saúde

Organizações de profissionais de saúde reafirmam que a prioridade deve ser sempre o atendimento emergencial sem discriminação. Dr. Spencer disse que “não há decisão médica que possa ser justificada por imigração ou seguro naquele momento”, destacando a responsabilidade ética dos profissionais de responderem às necessidades do paciente independentemente de sua origem.

Enquanto isso, representantes de grupos de direitos humanos enfatizam que a legislação vigente nos EUA garante o atendimento de emergência a todos, sem distinção, reforçando a ideia de que a saúde é um direito universal, independentemente do status migratório.

Perspectivas futuras e reflexões

Especialistas alertam que este episódio reforça a necessidade de fortalecer o compromisso ético em hospitais e clínicas, além de promover debates públicos sobre o acesso universal à saúde.

O tema deve continuar em destaque na agenda política, influenciando futuras políticas públicas e o fortalecimento dos direitos de imigrantes no sistema de saúde, buscando garantir que vidas não sejam colocadas em risco por questões de documentação ou status legal.

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