No último domingo, o GP de Singapura se destacou não apenas pelo calor sufocante, mas também pela falta de emoção nas pistas. Após uma corrida esperada com grande expectativa pelos fãs, a maioria dos pilotos saiu drenado, sem a emoções que o campeonato de Fórmula 1 costuma proporcionar, inclusive sem um safety car no difícil circuito de Marina Bay. Por outro lado, algumas boas disputas foram vistas entre os pilotos, em especial entre Max Verstappen, da Red Bull, e a dupla da McLaren, formada por Lando Norris e Oscar Piastri. A vitória de George Russell também definiu o título de Construtores.
A emocionante largada sob calor extenuante
A corrida começou a mil por hora, tanto com a temperatura elevada em Singapura quanto com a frenética disputa na pista. A expectativa era que a pole position de Russell significasse uma briga direta com Verstappen, mas o que se viu foi uma disputa intensa entre os dois pilotos da McLaren. Ao tentar ultrapassar Piastri, Norris causou um toque na traseira de Verstappen, gerando um embate acalorado entre os pilotos da equipe. Piastri, visivelmente irritado, questionou a atitude de Norris no rádio: “qual é a atitude correta aqui?”
A contenda entre as equipes apenas começou ali. A equipe McLaren alegou que Norris estava apenas se defendendo, mas Piastri disparou: “se a meta é evitar batidas, não faz sentido bater no seu próprio companheiro.” O clima de tensão deixou claro que a corrida seria marcada por rivalidades internas, que se refletiram nos boxes, como foi o caso das paradas. Sem dúvidas, uma corrida intensa e cheia de emoção em uma pista conhecida por suas dificuldades.
Paradas estratégicas e disputas acirradas
Com as paradas começando a partir da volta 14, o GP de Singapura trouxe mais surpresas. Verstappen, que estava apenas usando pneus macios, chamou a atenção ao parar na volta 20 num momento crucial. Seu desempenho não era o esperado, revelando as dificuldades que o tetracampeão enfrentava na pista.
Enquanto isso, os pit stops provocaram surpresas. Russell, que estava na liderança, começou a perder rendimento antes de entrar nos boxes na volta 26. O pit stop de Norris foi rápido e decisivo, tendo durado apenas 2,1 segundos, em contraste com os 5,2 segundos de Piastri e os frustrantes 9 segundos de Fernando Alonso, que não escondeu a indignação pelo péssimo momento na troca de pneus.
Com poucos incidentes graves ocorrendo, muitos fãs sentiram a falta de um safety car, o que poderia deixar a corrida mais emocionante. A emoção ficou por conta de Nico Hulkenberg, da Sauber, que rodou mas conseguiu voltar à pista sem necessidade de um safety car para reorganizar o pelotão.
Resultados e futuro do campeonato
Os riscos na pista acabaram trazendo resultados surpreendentes. O piloto Carlos Sainz, da Williams, foi audacioso e trocou para pneus macios novamente, escalar o pelotão e terminar em 10°, garantindo ao menos um ponto, mesmo após desclassificação no sábado.
Na parte de frente da corrida, depois de várias tentativas de ultrapassagem, Norris não conseguiu passar Verstappen e Russell, aproveitando a situação, venceu o GP, conquistando sua segunda vitória na temporada em grande estilo. O top 10 foi formado por Russell, Verstappen, Norris, Piastri, Kimi Andrea Antonelli (Mercedes), Leclerc (Ferrari), Alonso (Aston Martin), Lewis Hamilton (Ferrari), Bearman (Haas) e Sainz (Williams).
Agora, a classificação se define, colocando Piastri na liderança, apenas 22 pontos à frente de Norris, seu companheiro de equipe, à medida que se aproximam as sete corridas finais da temporada. Com a McLaren consagrada campeã de Construtores por décima vez na história, a briga pelo título individual promete esquentar ainda mais. Será que Norris conseguirá alcançar Piastri a tempo de reverter o quadro e conquistar seu primeiro título?