Brasil, 5 de outubro de 2025
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Governo de São Paulo confirma segunda morte por metanol

O número de casos de intoxicação por metanol no Brasil sobe para 225, com medidas de urgência sendo implementadas pelo Ministério da Saúde.

O estado de São Paulo enfrenta uma grave crise de saúde pública, com a confirmação de uma segunda morte relacionada à intoxicação por metanol. Desde o início das notificações, o Brasil já registrou 225 casos de intoxicação, de acordo com o balanço mais recente divulgado pelo Ministério da Saúde na noite deste domingo (5). Inicialmente, o metanol é um álcool industrial usado em solventes e produtos químicos, e é extremamente perigoso quando ingerido, podendo causar danos irreversíveis e até a morte.

A gravidade dos casos no Brasil

O número total de notificações cresceu rapidamente, com 16 casos confirmados e 209 em investigação. A lista de estados com ocorrências caiu para 13 depois que os casos na Bahia e no Espírito Santo foram descartados. O Ceará, por sua vez, registrou seu primeiro caso suspeito. Até o momento, 15 mortes foram atribuídas ao metanol, com 13 dessas mortes ainda sob investigação.

A maior parte dos casos se concentra em São Paulo, que reportou 14 confirmações e 178 suspeitas em análise. A situação é alarmante, levando o Ministério da Saúde a tomar medidas imediatas para conter a crise.

Ministério da Saúde inicia distribuição de antídotos

Em resposta ao aumento de casos, o Ministério da Saúde começou a distribuir etanol farmacêutico, um dos principais antídotos no tratamento de intoxicações por metanol, a estados que solicitaram reforços em seus estoques. Na primeira remessa, foram enviadas 580 ampolas para cinco estados: 240 para Pernambuco, 100 para o Paraná, 90 para a Bahia, 90 para o Distrito Federal e 60 para Mato Grosso do Sul.

Além disso, foi firmado um contrato para a compra de 2.500 unidades de fomepizol, outro antídoto eficaz contra a intoxicação por metanol, que deverá chegar ao Brasil na próxima semana.

Histórias de vítimas e suas consequências

Várias histórias trágicas emergiram do surto de intoxicação. O caso de Rafael Anjos Martins, de 28 anos, é um dos mais impactantes. Rafael consumiu duas garrafas de gin compradas em uma adega na Zona Sul de São Paulo e poucos horas depois, foi levado ao hospital após apresentar sintomas severos. Atualmente, ele se encontra em coma, tendo o metanol afetado seu cérebro e nervo óptico.

Outro relato preocupante é o de Radharani Domingos, de 43 anos, que perdeu a visão após consumir caipirinhas em um bar na Alameda Lorena. O local foi interditado após a polícia apreender mais de 100 garrafas de bebidas suspeitas. Radharani, que já passou por tratamento intensivo, ainda luta para recuperar a visão.

Casos em São Bernardo do Campo e outros municípios

Bruna Araújo de Souza, de 30 anos, se encontra em estado grave após consumir uma vodca durante uma saída com amigos. Ela apresentava sintomas de intoxicação no dia seguinte e precisou ser transferida para o Hospital de Clínicas de São Bernardo, onde permanece entubada. Este caso evidencia como o consumo de bebidas adulteradas pode rapidamente escalar em gravidade.

Casos semelhantes ocorrem em diversas regiões do estado, destacando a extensão do problema e a resposta necessária das autoridades locais e estaduais. O impacto emocional e físico nas vítimas, bem como o clamor por transparência e segurança no consumo de bebidas alcoólicas, torna-se cada vez mais evidente.

O papel das autoridades e a necessidade de conscientização

A atual crise envolvendo o metanol destaca a urgência da regulamentação na venda de bebidas alcoólicas e a necessidade de campanhas de conscientização sobre os riscos da intoxicação por metanol. Tanto as autoridades quanto a população devem estar alertas sobre a compra de bebidas em locais não verificados e sobre os riscos que a ingestão de produtos adulterados pode representar.

Em suma, os recentes acontecimentos em São Paulo servirão como um chamado à ação para garantir a segurança dos consumidores e evitar que tragédias semelhantes voltem a ocorrer. O trabalho conjunto entre a sociedade, autoridades sanitárias e órgãos de saúde pública é imperativo para mitigar os danos e proteger a vida de todos.

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