Neste domingo (5), mais de 760 mil candidatos participarão do Concurso Nacional Unificado (CNU) 2025, organizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os inscritos precisam compreender a quantidade de questões e o peso de cada uma, especialmente para quem busca cargos de nível superior, cujas provas de conhecimentos específicos têm maior peso na nota final.
Como será a prova para ensino superior?
Para os candidatos dos blocos 1 a 7 de nível superior, a prova contará com 90 questões, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos, que variam de acordo com o cargo desejado. Os conhecimentos gerais englobam temas como Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico e Atualidades.
Prova de ensino médio e blocos de saúde e regulação
Já para os candidatos dos blocos 8 e 9 de nível médio, a avaliação terá 68 questões, incluindo Português, Realidade Brasileira, Direito, Matemática, Saúde (para o bloco 8) e Regulação (para o bloco 9). A divisão das questões específicas varia: para saúde, serão 24 questões; para regulação, também 24.
Ao todo, a prova objetiva do nível superior possui 90 questões e a do nível médio, 68. Os candidatos poderão acompanhar a correção ao vivo pelo site do GLOBO, às 17h, com a participação de professores do Gran Concursos.
Qual estratégia usar na prova?
Especialistas recomendam que os candidatos iniciem pelas questões mais fáceis, uma técnica conhecida como “pega varetas”. Assim, é possível ganhar confiança e otimizar o tempo. Além disso, o coordenador Fábio Ribeiro alerta para o cuidado na revisão antes de marcar as respostas, pois alterações podem gerar erros por cansaço.
Vale a pena chutar? Como funciona a nota ponderada?
Nos blocos de nível superior, errar uma questão de peso maior não anula a pontuação das corretas, já que a nota final leva em conta a soma ponderada das provas e títulos. Para as questões de conhecimentos específicos, os pesos variam segundo o eixo temático do cargo, recomendando-se que o candidato chute apenas as de conhecimentos gerais, que valem 1 ponto cada, para evitar desvantagens ao errar questões mais pesadas.
O sistema de pontuação permite que um candidato acerte zero em uma disciplina mais pesada e ainda assim alcance uma boa nota final, mas especialistas recomendam cautela. “Vale chutar sim, mas é preciso ficar atento ao peso das questões”, afirma a professora de Língua Portuguesa, Letícia Bastos.
Contagem regressiva e critérios de eliminação
O candidato precisa responder corretamente, no mínimo, 40% das questões para evitar eliminação: ao menos 28 acertos nos blocos 8 e 9 e 36 nos blocos de 1 a 7. É possível zerar uma disciplina, mas isso compromete bastante a classificação final, principalmente se as questões mais pesadas forem erradas.
A classificação para a segunda fase será feita para os candidatos que atingirem as melhores notas, considerando a proporção de vagas e a regra de paridade de gênero. Para cada cargo, as próximas etapas envolvem provas discursivas e avaliação de títulos, que juntos compõem a nota final ponderada (NFP).
Calendário e próximas etapas
A prova objetiva será realizada no próximo domingo, dia 5 de outubro, com a divulgação do gabarito e os cadernos de prova no dia 6. A prova discursiva acontecerá em 7 de dezembro, e a divulgação dos resultados finais está prevista para 30 de janeiro de 2026. Os candidatos classificados serão convocados para início dos trabalhos a partir de fevereiro.
Para mais detalhes sobre o local de prova, o edital e orientações, acesse o link do Globo.
