Brasil, 4 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

União Brasil abre processos disciplinares contra ministro do Turismo

Partido rompeu com Lula, mas Celso Sabino tenta permanecer no cargo.

O União Brasil iniciou dois processos disciplinares contra o ministro do Turismo, Celso Sabino. O cenário se agrava após o partido romper suas relações com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto Sabino busca apoio para sua candidatura ao Senado no Pará, indicando que não tem intenção de deixar o governo.

De acordo com fontes internas do União Brasil, que preferem permanecer anônimas, os dois pedidos de punição podem culminar na expulsão de Sabino por infidelidade partidária. A responsabilidade dos casos foi atribuída a relatorios, sendo o deputado Fabio Schiochet (SC) e a senadora Dorinha Seabra (TO) encarregados. Inicialmente, a legenda estabeleceu o dia 2 de outubro como prazo para a saída de Sabino do governo, mas a deterioração das relações com Lula antecipou esse prazo para 18 de setembro. Mesmo assim, o ministro continuou tentando postergar essa decisão, buscando o apoio de aliados em sua bancada.

Interlocutores de Sabino revelam que ele conta com o respaldo de uma ala minoritária dentro do União Brasil, o que pode levá-lo a reconsiderar o pedido de demissão e optar por permanecer na pasta. Durante um evento com Lula, na quinta-feira (2/10), ele afirmou de maneira enfática que “um partido jamais irá separá-los”.

O clima é de incertezas no União Brasil, especialmente sobre as consequências de uma eventual expulsão, que poderia resultar na perda do seu mandato de deputado federal – cargo do qual Sabino se licenciou para assumir o Ministério do Turismo. Entretanto, o partido avalia que uma expulsão pode complicar ainda mais os planos do ministro em sua candidatura ao Senado.

A autonomia de Celso Sabino no cenário político

Sabino, que preside o União Brasil no Pará, possui autonomia para se candidatar ao Senado e buscar o apoio de Lula. No entanto, caso seja forçado a deixar a legenda, terá que buscar outro partido que suporte sua candidatura. Com a disputa acirrada entre candidatos de esquerda e centro-esquerda no Pará, como o governador Helder Barbalho (MDB) que concorrerá a uma das vagas, a tarefa de encontrar um novo aliado se torna ainda mais desafiadora.

Na busca por uma candidatura, Sabino enfrenta a pressão do União Brasil, que deseja forçá-lo a sair para consolidar suas estratégias eleitorais e rivalizar com o projeto de Helder Barbalho e outros candidatos locais.

O futuro do União Brasil e a federação com o PP

O União Brasil recentemente anunciou uma federação com o PP, viabilizando que ambas as siglas atuem como um único partido nos próximos quatro anos. O objetivo explícito dessa aliança é lançar um candidato de direita nas eleições de 2026, com a intenção de fazer frente ao PT e ao presidente Lula.

Essa nova dinâmica tem pressionado membros do União Brasil a se afastarem do governo. O presidente do PP, Ciro Nogueira, por sua vez, também deu até o dia 7 de outubro para que o ministro do Esporte, André Fufuca, deixe seu cargo, evidenciando a urgência em solidificar a nova postura da federação.

Desdobramentos para Celso Sabino

Enquanto as manobras políticas se intensificam, o futuro de Celso Sabino permanece em aberto. Ele precisa não apenas garantir a sua permanência no cargo atual, mas também planejar sua estratégia eleitoral, independentemente da direção que sua legenda e sua relação com o governo tomem. A capacidade de navegar neste cenário complexo determinará não apenas sua carreira política, mas também suas futuras alianças no cenário político nacional.

Dessa forma, enquanto Sabino tenta equilibrar suas ambições políticas com as expectativas do partido, os próximos dias devem reservar novos desdobramentos nesta trama que envolve política, alianças e as incertezas de um futuro eleitoral competitivo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes