Um restaurante recém-inaugurado no Jardim Aracy, em Mogi das Cruzes, foi interditado neste sábado (4) pela Vigilância em Saúde, após registrar casos de intoxicação alimentar entre funcionários e clientes. O “Restaurante da Fazenda” abriu suas portas apenas na quinta-feira (2) e já se viu envolvido em sérios problemas de saúde pública.
Motivação da interdição
A interdição se deu após relatos de sintomas como diarreia, náuseas e dores abdominais entre os trabalhadores e clientes do local. Esses casos ocorreram entre a sexta-feira (3) e o sábado (4), levando a Vigilância Sanitária a agir rapidamente ao receber um volume elevado de atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Rodeio.
Durante a fiscalização no alojamento dos funcionários, as equipes da Vigilância em Saúde encontraram diversas irregularidades sanitárias, como falta de higiene nas áreas comuns e ausência de alimentos e água potável. Mais de 150 trabalhadores, incluindo pessoas de Pernambuco que se mudaram para a região, vivem nessas instalações. Em resposta, a Prefeitura de Mogi das Cruzes organizou alternativas temporárias de alojamento e suporte às famílias afetadas.
Declarações do Restaurante
Em suas redes sociais, o Restaurante da Fazenda alegou que a suspensão de suas atividades foi resultado de “um mal-entendido externo, alheio à operação do restaurante”. A equipe se manifestou assegurando que todos os procedimentos necessários estavam sendo tomados para esclarecer os fatos junto às autoridades competentes. Eles garantiram que não havia problemas com os alimentos ou serviços e prometeu retornar ao funcionamento normal o mais rápido possível.
Responsabilidades e consequências
A Prefeitura de Mogi das Cruzes informou que o Ministério Público do Trabalho (MPT) foi acionado devido a suspeitas de irregularidades trabalhistas, incluindo a possibilidade de funcionários não registrados e excedendo a jornada de trabalho permitida por lei. O município identificou também itens em desacordo com o Código da Vigilância Sanitária, que deverão ser corrigidos pelos responsáveis pelo estabelecimento.
A razão mais crítica para a interdição, conforme mencionado pelo diretor da Vigilância em Saúde, Jefferson Leite, foi que 18 dos pacientes atendidos na UPA, em decorrência de intoxicação alimentar, estavam ligados ao manuseio de alimentos no restaurante. Essa situação gerou um risco significativo à saúde pública, justificado pela imediata ação do município.
Impacto na comunidade e próximos passos
Como parte da resposta ao incidente, a prefeitura determinou que o restaurante permaneça fechado até a finalização das análises e da apuração. Além disso, o alojamento que não apresenta condições adequadas de uso será desmontado, com o intuito de prevenir novos episódios que possam comprometer a saúde de trabalhadores e clientes.
As comunidades vizinhas também foram alertadas sobre a situação e incentivadas a procurar atendimento médico caso apresentem sintomas similares aos que foram relatados. É essencial que a população esteja atenta e procure a vigilância em saúde para relatar possíveis problemas que possam surgir em estabelecimentos semelhantes.
Essa situação levanta uma importante discussão sobre a segurança alimentar e as condições de trabalho em restaurantes, ressaltando a importância da fiscalização e do cumprimento das normas sanitárias. Como enfatizou o diretor da Vigilância em Saúde, a missão é garantir que todo o sistema alimentar opere de forma segura e saudável para todos os cidadãos de Mogi das Cruzes.
Em resposta à situação, o restaurante prometeu cooperar com as investigações e trabalhar para resolver as questões levantadas. Assim, a expectativa é que, com a regularização, o “Restaurante da Fazenda” possa voltar a operar em conformidade com as normas de saúde, oferecendo segurança aos seus clientes.
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