Brasil, 4 de outubro de 2025
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Recuperação de Bolsonaro em prisão domiciliar é marcada por crises de saúde

Ex-presidente enfrenta crises de soluços e se mantém em contato com aliados políticos

Em meio a instabilidades de saúde, o ex-presidente Jair Bolsonaro continua sua rotina em prisão domiciliar, marcada por crises recorrentes de soluços que, segundo médicos, podem provocar episódios de vômito. Desde agosto, ele reside em um condomínio no Jardim Botânico, em Brasília, e tem utilizado esse tempo para se reunir com aliados políticos, mesmo em meio a um estado de saúde considerado debilitado.

A saúde do ex-presidente em foco

De acordo com o médico Cláudio Birolini, que acompanha Bolsonaro desde sua última cirurgia abdominal, realizada em abril deste ano, as crises de soluços se intensificam nos momentos em que ele fala por longos períodos ou se exalta. “Ele persiste com crises de soluços, mais intensas quando se exalta ou fala muito. O vômito ocorre de forma reflexa quando as crises ficam muito fortes, e auxilia na interrupção dos soluços”, explicou Birolini, destacando que ainda não se conhece uma causa definida para o problema.

Relatos de visitantes indicam que Bolsonaro tem se mostrado abatido, alternando entre momentos de silêncio e conversas curtas, com ênfase em questões políticas. Os encontros têm sido frequentes, com a presença de figuras políticas como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que defendeu uma anistia aos condenados pelo 8 de janeiro como forma de “pacificação.”

Alianças políticas em meio à crise de saúde

A deputada Caroline De Toni (PL-SC) também esteve entre os visitantes, afirmando que a saúde de Bolsonaro é “bem delicada” e que sua condição tem gerado preocupação entre seus mais próximos aliados. Outros importantes nomes da política, como o senador Esperidião Amin (PP-SC) e o senador Magno Malta (PL-ES), também estiveram em sua casa nas últimas semanas, contribuindo para uma agenda de encontros que parece pouco afetada pelas oscilações de sua saúde.

Além das visitas já realizadas, a defesa do ex-presidente protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) quatro pedidos de autorização para que ele possa receber outros aliados, incluindo Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, e outros representantes do partido. Os advogados argumentam que esses encontros têm caráter tanto pessoal quanto político e são necessários para o diálogo com o ex-presidente. No entanto, as autorizações ainda estão sob análise do ministro Alexandre de Moraes.

Histórico médico e preocupações contínuas

A saúde de Jair Bolsonaro sempre foi um tema delicado desde a facada sofrida durante a campanha eleitoral em 2018, que resultou em diversas complicações em seu sistema digestivo. Este ano, ele passou por uma cirurgia de 12 horas para reconstruir a parede abdominal, um dos procedimentos mais complexos de sua trajetória médica. Em setembro, ele deixou sua residência pela primeira vez após a condenação, para realizar procedimentos dermatológicos sob escolta policial.

Contudo, esse breve alívio foi seguido por novas crises de soluços que levaram sua família a contatar o médico para atendimento emergencial. Apesar dos sintomas persistirem, Birolini descartou a necessidade de internação, mas ressaltou a continuada preocupação com o estado de saúde do ex-presidente.

Enquanto a saúde de Bolsonaro permanece sob vigilância, a agenda política e a interação com seus aliados parecem ser de suma importância para ele. A habilidade de manter contatos, mesmo em um momento tão frágil, reflete sua intenção de permanecer relevante nas discussões políticas brasileiras.

*Estagiário sob supervisão de Daniela Dariano

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