O rapper Hungria, conhecido no cenário musical brasileiro, permanece internado na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília. A internação foi motivada por sintomas que indicavam uma possível intoxicação por metanol. De acordo com a equipe médica que acompanha o artista, sua condição clínica é estável, e a hemodiálise foi suspensa.
Suspeitas e investigações em andamento
Hungria foi hospitalizado na última quinta-feira (2), após apresentar sintomas que levaram à suspeita de que ele teria ingerido bebidas adulteradas. Entretanto, uma investigação realizada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na sexta-feira (3) descartou a presença de metanol nas garrafas de bebidas consumidas pelo rapper, embora o artista tenha bebido vodca durante uma viagem a São Paulo no final de semana anterior.
Na sequência dos eventos, as bebidas consumidas tanto em São Paulo quanto em Brasília estão sendo minuciosamente investigadas. A casa noturna de São Bernardo do Campo, onde Hungria fez um show no dia 28 de setembro, e a distribuidora de bebidas onde adquiriu as garrafas na quarta-feira (1º) foram interditadas preventivamente.
Exames e coleta de evidências
Além da análise das bebidas, foram coletados exames de sangue do rapper para confirmar a intoxicação por metanol. Contudo, os resultados laboratoriais desse exame não devem ser divulgados até a próxima semana.
O rapper, que tem 34 anos, foi o único a ingerir a bebida que pode ter causado a possível intoxicação, segundo informações fornecidas pela assessoria do artista. O incidente destaca um problema mais amplo relacionado à venda de bebidas adulteradas no Brasil, com casos de intoxicação por metanol já resultando em mortes em São Paulo nas últimas semanas.
O perigo do metanol
O metanol, um tipo de álcool utilizado principalmente em solventes e produtos químicos industriais, representa um perigo significativo para a saúde humana quando ingerido. A substância é de difícil detecção e já causou diversas internações e mortes, principalmente em casos de bebidas falsificadas que são “batizadas” com metanol.
As investigações atuais não apenas abordam a adulteração de bebidas consumidas pelo rapper, mas também se concentram em como e onde essa prática criminosa tem ocorrido. Até o momento, não há informações claras sobre quem são os responsáveis pela adulteração ou quais outras marcas ou lotes de bebidas possam estar comprometidos.
Impacto das investigações
A Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) levantou suspeitas de que o metanol utilizado para adulterar bebidas pode estar ligado a redes criminosas que também usam a substância para adulterar combustíveis. A falta de regulamentação e a venda ilegal de bebidas se tornam uma preocupação crescente, exigindo ações mais rigorosas para proteger os consumidores.
No Distrito Federal, a Polícia Civil já tomou medidas proativas e interditou a distribuidora onde o rapper adquiriu a vodca, enquanto a empresa nega qualquer irregularidade. O caso do artista pode servir como um alerta sobre os riscos que os consumidores enfrentam ao consumirem bebidas alcoólicas sem garantia de autenticidade e segurança.
Considerações finais
O estado de saúde do rapper Hungria continua a ser observado de perto por sua equipe médica, seus fãs e a sociedade em geral. À medida que novas informações são divulgadas, espera-se que haja uma resposta adequada das autoridades para coibir práticas ilegais que colocam em risco a saúde dos cidadãos. Manter a segurança no consumo de bebidas é fundamental, e este triste incidente deve servir como um chamado à ação.