Brasil, 4 de outubro de 2025
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Quiosques e bares do Rio reforçam medidas de transparência após casos de bebidas adulteradas

Após intoxicações por bebidas adulteradas, estabelecimentos do Rio reforçam a transparência para garantir a segurança dos clientes.

A recente onda de intoxicações por bebidas adulteradas, especialmente com metanol, que afetou diversos estados brasileiros, teve um impacto significativo nos quiosques e bares do Rio de Janeiro. Com a saúde dos clientes em mente, muitos comerciantes estão adotando medidas de transparência para assegurar a qualidade dos produtos que oferecem.

Medidas de transparência nos estabelecimentos

No Leblon, por exemplo, um quiosque decidiu etiquetar cada garrafa de bebida e deixar as notas fiscais expostas no balcão. Essa iniciativa visa permitir que os clientes consultem a procedência de cada produto de forma transparente. Flávio Datz, sócio do quiosque, afirmou: “A gente sempre comprou todos os insumos com nota fiscal. O que estamos fazendo de diferente é orientar a nossa brigada a mostrar essa nota”. Essa atitude reforça a confiança dos consumidores em relação à procedência das bebidas servidas.

Na Cinelândia, o Teatro Rival Petrobras optou por uma ação ainda mais drástica: a interrupção na venda de bebidas destiladas. De acordo com Sérgio Leal, administrador do teatro, a decisão foi motivada pela necessidade de priorizar a saúde dos frequentadores. “Nós resolvemos parar com a venda de produtos destilados. Temos na casa cerveja, vinho, refrigerante e água. Tomamos essa atitude principalmente visando o bem-estar e a saúde das pessoas”, explicou Leal.

Crescimento da procura por informações e cursos

A conscientização sobre a segurança alimentar também resultou em um aumento expressivo na procura por informações entre os comerciantes. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) lançou um curso online focado na prevenção de intoxicações, que rapidamente atraiu mais de 15 mil acessos em apenas três dias. Maurício Costa, presidente da Abrasel no Rio, enfatizou a credibilidade dos estabelecimentos, ressaltando que até o momento não há registro de intoxicações relacionadas a barras e restaurantes. “Esses locais são confiáveis para se consumir”, afirmou Costa.

Apesar da preocupação, a situação no Rio de Janeiro permanece sob controle, segundo representantes da Vigilância Sanitária. Até o momento, nenhum caso de intoxicação por metanol foi registrado na cidade. No entanto, a Polícia Civil deu início a uma operação contra a fabricação e comércio de bebidas adulteradas, cumprindo 21 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados a possíveis vendedores. Essa ação sublinha a seriedade com que as autoridades estão tratando o assunto e destaca a importância da vigilância no setor.

Clientes aprovam as novas medidas

As novas medidas adotadas pelos bares e quiosques foram bem recebidas pelos clientes. Muitos deles demonstraram estar mais atentos à origem das bebidas que consomem. Para Flávio Datz, esse momento de crise pode abrir espaço para mudanças que perdurem. “Acho que toda crise tem um lado positivo. É uma crise sanitária, e o apavoramento tem razão de ser. Mas é importante que isso vire regra: comerciantes precisam ter atenção redobrada à origem de cada produto que vão servir ao consumidor”, concluiu.

A recente crise de segurança alimentar no país trouxe à tona a necessidade de regulamentação e monitoramento ainda mais rigorosos no setor de bebidas. Os quiosques e bares do Rio de Janeiro estão se adaptando a essa nova realidade, reforçando a transparência e, consequentemente, promovendo a segurança e a confiança dos consumidores. As ações implementadas são um passo positivo em direção à proteção da saúde pública e demonstram um compromisso dos estabelecimentos em oferecer produtos de qualidade. O caminho agora é manter essa atenção redobrada e continuar investindo na transparência para garantir que os momentos de lazer e diversão sejam também seguros.

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