No dia 24 de setembro, um arrastão em um condomínio de luxo em Ribeirão Preto (SP) resultou em um prejuízo estimado em mais de R$ 4 milhões. A Polícia Civil informou que a quadrilha envolvida no crime era composta por pelo menos 16 membros, que dividiram aproximadamente R$ 1,5 milhão obtidos com a venda de joias roubadas. A cada integrante couberam cerca de R$ 15 mil, após a dedução de custos que a operação demandou.
Como tudo aconteceu
De acordo com o delegado André Baldochi, responsável pela investigação, o roubo foi meticulosamente planejado. Os criminosos alugaram um apartamento no nono andar do edifício duas semanas antes do assalto, utilizando documentos falsos e pagando R$ 12 mil como caução. Isso lhes deu a oportunidade de se infiltrarem no prédio e planejarem o ataque.
Na manhã do assalto, os ladrões renderam o zelador e o porteiro, permitindo que pelo menos 11 pessoas entrassem no condomínio sem levantar suspeitas. Durante a invasão, moradores e prestadores de serviço foram feitos reféns enquanto os criminosos vasculhavam os apartamentos à procura de itens de valor.
Divisão do lucro e papéis na quadrilha
A investigação revelou que a quadrilha operava em três núcleos distintos: logístico, financeiro e operacional. Os integrantes do núcleo logístico foram responsáveis por alugar o imóvel e planear a logística do roubo. O núcleo financeiro cuidou das transações e da divisão dos lucros, enquanto o núcleo operacional teve a tarefa de abordar os moradores e realizar as invasões.
Não todos os membros que foram presos participaram do rateio do dinheiro. Alguns eram integrantes do núcleo financeiro e apenas recebiam uma porcentagem do valor que obtinham, enquanto outros, como Júlia Moretti, de 21 anos, considerada foragida, receberam quantias menores por participar em funções específicas, como a locação do imóvel.
Desdobramentos da investigação
Até o momento, a polícia prendeu dez pessoas envolvidas diretamente no roubo. O último suspeito, identificado como Henrique Eduardo, foi detido em um conjunto habitacional no bairro João Rossi, na zona Sul de Ribeirão Preto. Durante a abordagem, a polícia encontrou com ele aproximadamente R$ 10 mil, resultantes do assalto.
A investigação prossegue, e a polícia tenta entender melhor as conexões entre os membros da quadrilha. Embora pareçam ter operado de forma coordenada, alguns presos podem não ter relações diretas entre si, conforme disse o delegado José Carvalho de Araújo.
Impacto e repercussão
O assalto não apenas gerou um prejuízo financeiro significativo, mas também deixou os moradores em estado de choque, com a sensação de inseguranças aumentada. O uso de perucas e a infiltração discreta por meio da locação de um apartamento evidenciam a audácia e a preparação que a quadrilha tinha para realizar o crime.
As investigações são essenciais para entender a origem e o funcionamento dessa quadrilha, além de impedir que ações criminosas como essa se repitam. A sequência de prisão e a continuidade das investigações são passos cruciais para restaurar a segurança na comunidade e garantir que os culpados sejam responsabilizados.
As autoridades convidam qualquer pessoa com informações sobre o caso a se manifestar. O sentimento entre os cidadãos de Ribeirão Preto é de que a comunidade deve se unir para enfrentar esse tipo de crime e garantir a segurança de todos.
Com a determinação da Polícia Civil, espera-se que mais informações surjam e outros participantes do golpe sejam identificados e levados à justiça. O roubo em Ribeirão Preto se tornou um alerta sobre a vulnerabilidade de residências, mesmo em áreas consideradas seguras.
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