A assessora da Casa Branca, Karoline Leavitt, gerou indignação na quinta-feira após evitar comentar a respeito de uma pergunta direta sobre se as emergências hospitalares devem checar o status migratório de pacientes antes de oferecer tratamento de emergência. Leavitt respondeu que essa não era uma questão para ela responder, apontando que deveria ser tratada por profissionais de saúde e especialistas legais.
Reação de profissionais de saúde
Especialistas do setor médico criticaram duramente a postura de Leavitt. O cardiologista e professor da Universidade George Washington, Dr. Jonathan Reiner, afirmou que negar atendimento emergencial com base na imigração “é grosseiramente imoral”.
O Dr. Craig Spencer, médico de emergência que sobreviveu ao Ebola, declarou que na sua prática nunca pergunta sobre o status migratório ou seguro do paciente em situações críticas. “Meu trabalho é responder à pessoa à minha frente, como se nem imigração nem seguro importassem. Porque, naquele momento, nada dessas coisas importa.”
Desafios éticos e humanitários
Spencer questionou: “O que os americanos querem que eu faça quando a pessoa morrendo diante de mim for indocumentada? Deixá-la morrer? E se ela estiver sem seguro? Checar se pagou as mensalidades antes de verificar seu pulso?”
A discussão levantada pela declaração de Leavitt reacendeu o debate sobre imigração, saúde pública e direitos humanos nos Estados Unidos. A questão de verificar ou não o status migratório em emergências envolve dilemas éticos e legais complexos, com forte oposição de profissionais do setor médico.
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