Brasil, 4 de outubro de 2025
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Preço do café volta a subir e deve aumentar até 15% até o fim do ano

Após uma trégua durante o inverno, os preços do café tendem a subir novamente, impactados por fatores econômicos e climáticos

O preço do café, que recuou entre julho e setembro após 18 meses de alta contínua, deve voltar a subir até o final de 2025, com uma possível alta de até 15%. Analistas alertam que o mercado já sinaliza reajustes devido às oscilações globais e a fatores internos no Brasil.

Razões para a alta prevista no preço do café

Segundo dados do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a alta de preços no atacado foi de 26,38% em setembro, indicando pressão nos custos. A combinação de estoques baixos e clima desfavorável à produção brasileira, maior fornecedor global de café arábica e robusta, contribui para a tendência de valorização.

A produção brasileira sofreu impacto climático e as vendas internacionais continuam reduzidas, mesmo com o aumento recente nos preços das sacas de 60kg. Em março, valores do café chegaram a R$ 2.544 para o arábica e R$ 2 mil para o robusta, mas caíram até junho.

Impacto das tarifas dos EUA sobre os preços

Um fator que influencia essa tendência são as tarifas de 50% aplicadas por Donald Trump às importações brasileiras nos Estados Unidos. Essas tarifas elevam os custos para o consumidor americano, o que pode gerar reflexos nos preços praticados no Brasil e na formação de valores para outros mercados.

De acordo com análises, a alta no mercado internacional tem causado aumento nos custos de produção e deslocado a oferta global, elevando o preço do café nos mercados internos e externos.

Previsões e perspectivas para 2026

Especialistas do setor de café, como Renato Garcia do Cepea, apontam que o mercado de café responde às perspectivas futuras, sendo altamente sensível às condições climáticas. A expectativa é de que a colheita de 2026 seja favorecida pelo período de chuvas esperado para setembro, o que pode resultar em estabilidade ou baixa nos preços, mas ainda é cedo para confirmar.

Para o consumidor brasileiro, a tendência é de novos reajustes nos preços nas gôndolas, refletindo o aumento nos custos de produção e nas importações. A atenção ao mercado continuará, especialmente com a aproximação da safra de 2026.

Mais informações podem ser acompanhadas no vídeo explicativo disponível neste link.

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