Brasil, 4 de outubro de 2025
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Novos recrutas da guarda suíça prestam juramento ao Papa Leão XIV

Em uma cerimônia solene, 27 jovens suíços juram lealdade ao Papa Leão XIV, oficialmente integrando a Guarda Suíça Pontifícia.

Sábado, 4 de outubro. Finalmente chegou o dia tão esperado: 27 jovens suíços juram fidelidade ao Papa Leão XIV, em uma cerimônia solene, no Pátio São Dâmaso do Palácio Apostólico. A cerimônia, prevista para o dia 6 de maio, havia sido adiada devido à morte do Papa Francisco e à eleição de seu sucessor. Agora, a Guarda Suíça Pontifícia, o exército mais antigo do mundo, acolhe oficialmente os novos recrutas.

Uma tradição de honra e responsabilidade

Para essa ocasião, o uniforme de gala dos guardas é impecável: a gola e as luvas branquíssimas, a fivela do cinto com as iniciais entrelaçadas da Guarda brilha e não há manchas nas roupas renascentistas em vermelho, amarelo e azul. Jan, 21 anos, de Engelberg, no Cantão de Obwalden, apresenta-se com orgulho no pátio do pequeno quartel e diz: “Servir ao Papa é uma grande honra e uma grande responsabilidade. Somente nós suíços, e ninguém mais, temos muito orgulho de ter protegido os Papas, por 500 anos.”

Ao se formar na Escola da Abadia de Engelberg, Jan optou por seguir a carreira militar. “Durante o serviço militar, descobri que gosto da disciplina e precisão. Tudo começa de manhã, quando vestimos nossos uniformes, que devem ser impecáveis. Aprendi que é importante começar o dia com ordem e limpeza”, afirma ele. Um amigo o encorajou a se alistar na Guarda. Assim, falando um italiano fluente, o católico Jan preparou os documentos necessários — desde a carta de recomendação do pároco até o certificado de registro criminal — e passou nas entrevistas com o Comandante da Guarda, Christoph Graf, e o capelão, Padre Kolumban Reichlin.

Momentos emocionantes

Um dos momentos que mais o comoveu foi o último adeus ao Papa Francisco: “Tive a honra de participar do seu velório; foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida.” Agora, em pleno Ano Santo, Jan trabalha em turnos de até doze horas por dia, inclusive nas audiências extraordinárias e encontros com chefes de Estado. Sobre o novo Papa, ele diz: “Leão XIV é bem mais reservado do que Francisco. Ele não tem conversa fiada, mas sempre agradece e aprecia nosso trabalho. Isso é o que mais importa”.

Outro novo recruta, Francisco, originário de Bellinzona, também realiza o próprio sonho de infância ao entrar para a Guarda. “Meu padrinho Antônio incutiu em mim o interesse pela Guarda Suíça. Quando eu era criança, recebia presentes relacionados a ela. Em 2013, com apenas onze anos de idade, eu estava na Praça São Pedro, quando o Papa Francisco foi eleito. Fiquei impressionado ao saber que o novo Papa havia escolhido meu nome!”, conta. Hoje, ele está entusiasmado com o encontro de peregrinos do mundo inteiro, que traz um enriquecimento para a sua fé.

A importância da cerimônia de juramento

Este ano, a cerimônia de juramento atrai cerca de 4.000 pessoas. Os 27 recrutas pronunciam o juramento diante da bandeira, utilizando a fórmula: “Juro servir com fidelidade, lealdade e honra ao atual Pontífice, Leão XIV, e seus legítimos Sucessores; estou pronto e me comprometo, com todas as minhas forças, a dar a minha vida, se necessário, para a sua defesa.” Com essas palavras, os jovens recém-chegados entram para a história da Guarda, fundada em 1506, que ainda mantém seu lema: “Uma vez como guarda, assim sempre será.”

Os recrutas se prepararam intensamente para esse momento, tanto espiritualmente, com o Capelão, quanto na prática, nos ensaios com a armadura. Para Jan, “este evento será como um casamento”, que acontece apenas uma vez na vida, diante de todos. “Hoje, os jovens fazem juramentos com facilidade, mas, para nós, isso tem um significado enorme.”

Vivendo um ano especial

Gerlando, também um novo recruta da Guarda, descreve Roma como “uma cidade maravilhosa, que sempre tem algo para descobrir”. Ele vive o Ano Santo como uma oportunidade única e expressa: “É uma honra prestar serviço durante o Jubileu. Deparamo-nos com peregrinos de todas as partes do mundo que falam diversas línguas. Participar do Conclave foi inesquecível e muito especial para nós da Guarda, ver todos os Cardeais reunidos.”

Com uma rica tradição e um orgulho que atravessa séculos, a Guarda Suíça Pontifícia continua a ser um símbolo de lealdade e serve como um pilar fundamental da segurança do Vaticano, garantindo que a história de seus valorosos guardas continue a ser escrita a cada juramento.

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