Como fã assíduo de filmes de terror, sempre há clássicos que escapam da minha lista de watchings. Em 2025, finalmente assisti ao seminal “Night of the Living Dead”, de George A. Romero, disponível na HBO Max. Sem saber muito da trama além de nomes emblemáticos e do fim famoso, minha expectativa era por um filme assustador, mas também por uma obra que influenciou gerações.
Primeiras impressões e estilo de Romero
Logo nos primeiros minutos, a montagem e o clima inquietante já dão o tom do que seria uma experiência marcante. O estilo de Romero, com cenas que combinam suspense e um certo frofund mais lento, remete às raízes do terror mais clássico e reflexivo da época.
O filme começa com uma sequência bastante estranha e até curiosa, como o susto do inseto na abertura e o diálogo marcante: “They’re coming to get you, Barbra.” Essa frase ecoa como um aviso, embora, na minha expectativa, algo maior estivesse por vir.
Ghouls e cenas marcantes
Um dos elementos que me chamou atenção foi a abordagem dos “zumbis”, ou melhor, os ghouls. Eles parecem pouco ameaçadores inicialmente, mas logo se mostram assustadoramente brutais e imprevisíveis. A ausência de explicações claras sobre a origem desses seres cria um mistério envolvente.
O filme apresenta momentos de tensão com barricadas, diálogos intensos e a luta pela sobrevivência. A cena em que Ben, protagonista, tenta manter a casa segura é particularmente memorável, com passagens de suspense reforçadas pelos efeitos práticos da época.
Personagens e conflitos internos
O relacionamento entre os personagens é um destaque, mesmo com a narrativa um pouco lenta em algumas partes. A tensão entre Ben e Harry, por exemplo, oferece um retrato de conflitos internos em situações de crise. As monólogos que retratam os sobreviventes trazendo suas histórias pessoais são bastante impactantes, adicionando profundidade ao filme.
Apesar das ações de Ben, que demonstra liderança e coragem, há momentos de conflito, como a discussão com a mulher que tenta ajudar o irmão e as ações impulsivas de outros personagens. Essas interações criam um ambiente de tensão contínua, onde a confiança é escassa.
Impacto e os elementos que ficam
Um aspecto marcante foi a violência brutal e a atmosfera de desesperança, algo que fazia o filme bastante perturbador para a época. As cenas em que os ghouls atacam e destroem tudo reforçam a sensação de caos iminente. Além disso, a conclusão do filme traz uma reflexão sobre a condição humana diante do horror, simbolizada pelo desfecho trágico e o famoso grito final.
Apesar de conhecer o fim famoso, a experiência de assistir ao filme pelo seu ritmo, personagens e abordagem visual foi inesperadamente envolvente. Romero criou uma narrativa que mistura medo, crítica social e sobrevivência, que ressoa mesmo hoje, mais de 50 anos depois.
Reflexões finais ao assistir o clássico
Assistir “Night of the Living Dead” foi uma experiência reveladora. Apesar da narrativa um pouco lenta e dos efeitos especiais da época, a força do storytelling, a construção de personagens e o clima de tensão constantes fazem dele uma obra-prima do cinema de terror.
Se você ainda não assistiu, recomendo. Prepare-se para uma sensação de inquietação e reflexão sobre o que realmente significa sobreviver ao apocalipse em suas formas mais humanas e monstros que habitam nossa sociedade.
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