Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca e católica praticante, contestou nesta quarta-feira (24) as críticas do Papa Leo XIV à política de imigração dos Estados Unidos. As declarações do pontífice, que apontaram a crueldade do governo Trump em relação aos imigrantes, geraram repercussão negativa entre apoiadores do ex-presidente, incluindo Leavitt, que declarou que as alegações do Papa não condizem com a realidade do país.
A postura de Karoline Leavitt diante das críticas papais à política de imigração
Durante uma coletiva de imprensa no início desta semana, Leavitt afirmou que “não houve tratamento desumano de imigrantes ilegais sob o governo atual”, e argumentou que “a administração anterior também enfrentou problemas similares”. Ela acrescentou que, sob o comando de Joe Biden, “imigrantes foram traficados, abusados, assediados e, em alguns casos, mortos”, tentando, assim, minimizar as críticas do Papa ao governo Trump.
A secretária, que frequentemente aparece com uma cruz e participa de orações com sua equipe, reforçou seu apoio às políticas tradicionais do movimento conservador americano, alinhando-se ao discurso do partido Republicano e ao estilo do ex-presidente Donald Trump. Sua posição ocorre após o Papa Leo XIV criticar duramente as ações favoráveis à imigração e ao aborto promovidas por apoiadores de Biden, em discursos que ganharam destaque na mídia internacional.
Reações de setores religiosos e políticos às declarações do Papa
Estas declarações do Papa Leo XIV, que defende uma postura mais humanitária frente à questão migratória, tiveram respostas variadas. A Igreja Católica dos Estados Unidos permaneceu dividida, com alguns líderes apoiando o Cristo de compaixão pregado pelo pontífice, enquanto outros, incluindo figuras políticas conservadoras, criticaram o tom de julgamento e confrontaram a autoridade papal.
Polêmica dentro do conservadorismo religioso
Leavitt, cujo perfil é fortemente conservador, destacou que o país não é iníquo no tratamento de estrangeiros, defendendo uma abordagem mais rígida nas políticas migratórias. Sua postura reforça o embate entre setores ativistas pró-imigrantes e segmentos mais tradicionais que veem as críticas do Papa como uma interferência em assuntos políticos internos.
Contexto e impacto das declarações
As polêmicas envolvendo o Papa Leo XIV e figuras do governo ilustram a contínua tensão entre fé e política nos Estados Unidos, onde questões morais e sociais frequentemente se chocam com políticas públicas. Observadores avaliam que as declarações do pontífice e de Leavitt representam a polarização crescente no país, evidenciando o conflito entre valores religiosos e normas governamentais.
A repercussão dessas posições deve continuar acalorando o debate sobre os direitos humanos, a separação entre igreja e estado, e o papel do Papa na política global. As próximas semanas poderão revelar se há espaço para um entendimento mais conciliador ou se o conflito se intensificará ainda mais.
