Brasil, 4 de outubro de 2025
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Falta d’água frequente obriga moradores de Americana a contratarem caminhões-pipa

A crise hídrica em Americana (SP) tem levado moradores a gastar com caminhões-pipa e galões de água.

A cidade de Americana, localizada no interior de São Paulo, enfrenta uma severa crise de abastecimento de água. Diante da emergência hídrica decretada pela prefeitura, os moradores vêm se adaptando à nova realidade, tendo que contratar caminhões-pipa e comprar galões de água para garantir recursos básicos, como beber e cozinhar. A falta de confiança na qualidade da água que sai das torneiras tem aumentado a preocupação entre as famílias da região.

Impactos financeiros para as famílias

Com o abastecimento comprometido, muitos residentes, como Isabela Rosa do bairro Horto Florestal, se viram obrigados a adquirir galões de água para suprir as necessidades da casa. “Para a gente conseguir, pelo menos, fazer comida e beber, né? Porque da água da rua a gente não confia. Ela vem meio com cheiro, meio com gosto, meio esquisito”, relatou Isabela, evidenciando a insegurança em relação à água disponível através da rede pública.

Outros moradores enfrentam despesas ainda mais altas. Kleber Souza, síndico de um condomínio, contou que precisou contratar caminhões-pipa em quatro ocasiões nos últimos dez dias, gerando um custo total de R$ 3,8 mil. “No final do ano, a gente tem que falar para os moradores: ‘pessoal, gastou R$ 10 mil de caminhão-pipa, então a gente vai ter que repor isso no caixa’”, disse Kleber, mostrando como a falta de água influencia diretamente nos orçamentos das famílias.

Aumento da demanda e reflexos no comércio

Essa emergência hídrica não apenas afeta os lares, mas também o comércio local. Em Sumaré (SP), Elder Rodrigues, empresário proprietário de uma frota de caminhões-pipa, afirmou que os pedidos provenientes de Americana aumentaram significativamente. “De dez pedidos avulsos que vinham para o nosso telefone, agora estão vindo oito somente de Americana”, declarou Rodrigues, indicando um aumento notável na demanda por serviços de transporte de água.

Além disso, em Americana, a vendedora Josirene da Silva, que gerencia uma distribuidora no bairro São Luís, confirmou o crescimento nas vendas de galões. “Tem bastante cliente que comprava um ou dois galões. Agora, está comprando quatro, cinco por causa da demanda da água, que está faltando muita água”, disse Josirene, ressaltando como a escassez de água está diretamente impactando o comércio local.

A posição da prefeitura sobre a crise hídrica

Em meio a toda essa situação, a Prefeitura de Americana se manifestou, reconhecendo que a cidade passa por uma emergência hídrica, com problemas de abastecimento em todas as regiões. Segundo a administração municipal, embora não haja bairros totalmente sem água, o volume distribuído atualmente está abaixo do ideal. Esses problemas são atribuídos à baixa qualidade da água do Rio Piracicaba, principal fonte de captação da cidade, que foi agravada por um período prolongado de estiagem.

A crise hídrica em Americana não é apenas um desafio imediato para os moradores, mas também um tema que oferece reflexões sobre a gestão de recursos hídricos na região, destacando a importância da preservação e uso consciente da água. Com o verão se aproximando, a expectativa é que a situação se torne ainda mais crítica, exigindo ações concretas por parte das autoridades e uma conscientização coletiva que ajude a enfrentar a escassez de um recurso tão vital.

Os moradores de Americana enfrentam não apenas um desafio financeiro, mas também um desafio de confiança nas condições de saúde e segurança da água que consomem. Em um momento em que a água deveria ser um bem acessível, muitas famílias se veem obrigadas a buscar alternativas que pesam no bolso e na rotina diária. A emergência hídrica traz à tona a necessidade urgente de soluções sustentáveis e eficazes para garantir o abastecimento e a qualidade da água na cidade.

Acompanhe mais notícias e atualizações sobre a crise hídrica em Americana e na região no site do G1 Campinas.

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