Em um incidente alarmante no último fim de semana, a Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo iniciou uma investigação sobre uma agressão praticada por um policial militar em Assis. O evento, registrado no último sábado (27), atraiu a atenção das autoridades e da população após imagens de câmeras de segurança mostrarem o momento da violência. As imagens revelam um homem, identificado como o suspeito, desferindo socos no rosto de um adolescente e de uma jovem em uma conveniência de um posto de combustíveis.
O que aconteceu no posto de combustíveis?
De acordo com o boletim de ocorrência, as vítimas — um adolescente de 17 anos e uma mulher de 21 anos — estavam na conveniência quando começaram a ser visadas por um grupo de homens. O jovem, incomodado com os olhares insistentes, teria solicitado “respeito” ao grupo, o que gerou uma discussão momentânea. a situação se agravou quando, ao deixar o local, o adolescente voltou a implorar para que os homens parassem de encará-los, sendo então atingido no pescoço por um soco do suspeito. A jovem também foi atacada, recebendo um golpe no queixo.
Identificação do suspeito
As imagens de segurança foram cruciais para a identificação do agressor, que, segundo a polícia, é um policial militar de 34 anos, residente em Palmital (SP). Curiosamente, ele não estava usando a câmara corporal que é obrigatória para os agentes em serviço. Até o presente momento, o policial não foi detido em flagrante, o que gerou questionamentos sobre a condução do caso e a resposta às agressões cometidas por aqueles que juraram proteger a comunidade.
Procedimentos legais e apuração do caso
Após a denúncia, o boletim foi registrado como lesão corporal e encaminhado para a Delegacia Seccional de Assis. As vítimas foram instruídas sobre como proceder, incluindo a realização de exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e foram informadas do prazo legal para a representação criminal contra o agressor. A situação é ainda mais delicada uma vez que envolve um menor de idade, levando a Secretaria de Segurança Pública (SSP) a realizar diligências assessorias para proteger os direitos das vítimas enquanto a apuração segue.
A resposta da Corregedoria e da SSP
A Corregedoria da PM está atenta ao desenvolvimento do caso, acompanhando as investigações para garantir que a justiça seja feita. A SSP reafirmou que detalhes adicionais sobre o caso serão preservados para proteger a identidade do adolescente envolvido. Até a última atualização deste artigo, a produção da TV TEM tentou contato com o policial designado, mas não obteve retorno, o que levanta uma bandeira amarela sobre a responsabilidade e a transparência na condução de tais casos.
Impacto na comunidade
Esse caso traz à tona um assunto recorrente sobre a conduta de membros das forças de segurança e a necessidade de um olhar crítico sobre a ação policial. A comunidade de Assis aguarda respostas sobre a investigação e a responsabilidade do policial militar, refletindo sobre o que é necessário para evitar situações semelhantes no futuro. O apoio e proteção das forças de segurança devem estar alinhados à promoção de um ambiente seguro e respeitoso para todos os cidadãos.
À medida que a investigação avança, a expectativa é de que as autoridades ajam de forma rigorosa, não apenas para punir o agressor se comprovada a culpa, mas também para restaurar a confiança da população nas instituições que, em última análise, devem protegê-la e servi-la com respeito e dignidade.
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