A edição de 2025 do Campeonato Mundial de Atletismo Paralímpico terminou neste domingo (5) em Nova Déli, na Índia. O Brasil encabeçou o quadro de medalhas e, pela primeira vez, pode finalizar o evento na liderança. A delegação verde e amarela conseguiu uma impressionante marca de 12 medalhas de ouro, superando as 9 conquistadas pela China, atual vice-líder.
Desempenho Brasil e disputa pela liderança
Caso as duas nações terminem com o mesmo número de ouros, o desempate será determinado pelas outras medalhas conquistadas. Nesse sentido, até aquele momento, o Brasil acumulava 19 pratas, enquanto a China tinha 18. No entanto, os brasileiros estavam atrás no número de bronzes, com 14 contra 7 da equipe chinesa. A competição estava especialmente tensa, pois o único pódio brasileiro obtido no sábado (4) estava passando por uma análise. Thiago Paulino, que conquistou a prata no arremesso de peso da classe F57, teve sua medalha contestada após um protesto do finlandês Teijo Koopikka.
Expectativas para as finais deste domingo
A primeira final do dia com presença brasileira estava marcada para às 0h53 (horário de Brasília), reunindo Zileide Cassiano e Jardênia Félix no salto em distância da classe T20, destinado a atletas com deficiência intelectual. Na Paralimpíada de Paris, realizada em 2024, Zileide já havia conquistado a prata na mesma prova e agora busca um novo triunfo. Às 8h45, Lorraine Aguiar e Clara Daniele poderiam brigar pelo pódio nos 200 metros da classe T12, que representa atletas com baixa visão, se conseguissem passar pelas semifinais.
Outros atletas em destaque
A programação prosseguia às 8h53, com Thalita Simplício e Jerusa Geber competindo nos 100 metros da classe T11, destinada a atletas com cegueira total. A performance de Jerusa, atual campeã dessa prova nos Jogos de Paris e já detentora de um ouro em Nova Déli, poderia torná-la a maior medalhista brasileira em Mundiais de atletismo, empatando com a icônica Terezinha Guilhermina.
Às 9h07, Aser Ramos entraria em ação na final do salto em distância da classe T36, onde já foi prata na Paralimpíada de Paris. Em seguida, às 9h25, Edenilson Floriani competiria no arremesso do peso da classe F63. Antes das 10h, o Brasil ainda esperava por chances em provas dos 200 metros, com Fernanda Yara e Maria Clara Augusto, e Romildo Pereira dos Santos, nas especialidades T47 e T44, respectivamente. Essas competições prometiam um grande impacto nas esperanças do Brasil em descer ao pódio.
Encerramento da competição e potencial histórico
A última final garantida para o Brasil estava programada para Alan Fonteles, que disputaria os 400 metros da classe T62 a partir das 10h22. Fonteles, campeão mundial da distância há 12 anos, poderia ser uma figura central na finalização da competição para o Brasil, que tinha essas últimas provas como cruciais para aumentar ainda mais a contagem de medalhas.
A melhor campanha brasileira em Mundiais de Atletismo Paralímpico, até então, era a edição anterior realizada em Kobe, no Japão, onde o Brasil conquistou o segundo lugar no quadro geral, com 19 ouros, 12 pratas e 11 bronzes. Contudo, o desempenho mais significativo do Brasil em termos de total de pódios foi na edição de Paris em 2023, onde a equipe brasileira ficou com 47 pódios, sendo 14 de ouro. Essa trajetória deixa a expectativa de que o Brasil possa não apenas alcançar a liderança, mas também estabelecer novos recordes e comprovar sua força no paradesporto.