A partir deste sábado (4), o Banco Central passará a bloquear chaves Pix utilizadas em fraudes e golpes, reforçando a segurança do sistema de transferências instantâneas no país. A iniciativa foi anunciada na última reunião do Fórum Pix, um conselho consultivo com mais de 300 participantes do sistema financeiro e da sociedade civil.
Proteção contra fraudes no Pix
Segundo o Banco Central (BC), o procedimento visa fortalecer a segurança do Pix, principal método de transferências bancárias rápidas do Brasil. A medida entendida como mais um reforço nas ações adotadas recentemente para coibir fraudes e proteger os usuários.
Essa novidade faz parte de um pacote de medidas que inclui limites de valores em transferências e ações contra atividades suspeitas em fintechs. Essas ações ocorrem após operações policiais que movimentaram mais de R$ 50 bilhões em movimentações financeiras suspeitas, envolvendo lavagem de dinheiro e crimes ligados ao crime organizado, como as operações Carbono Oculto, Quasar e Tank.
Medidas adicionais de combate às fraudes
Desde o início de setembro, o BC limitou a transferências via Pix e TED para instituições de pagamento a R$ 15 mil, restringindo operações não autorizadas pelas próprias autarquias. Além disso, as instituições de pagamento passaram a ser obrigadas a negar transações em contas suspeitas, utilizando informações de bancos de dados públicos e privados para fundamentar as suspeitas. Os titulares das contas também devem ser informados sobre a rejeição das transferências.
Ferramenta de contestação digital
Desde quarta-feira (1º), o BC determinou que as instituições financeiras disponibilizem, em seus aplicativos, o botão de contestação de transações do Pix. Essa medida torna o Processo de Devolução de Valores por Fraudes mais ágil e totalmente digital, facilitando o ressarcimento de vítimas e o combate às fraudes financeiras.
Impacto para os usuários e o sistema financeiro
Segundo especialistas, as ações realizadas pelo BC buscam não apenas proteger os consumidores, mas também assegurar a integridade do sistema de transferências instantâneas. O objetivo é reduzir significativamente o número de golpes e crimes financeiros relacionados ao Pix, promovendo maior segurança para todos os usuários.
O BC anunciou que as medidas devem ser totalmente implementadas até o dia 13 de outubro, incluindo a obrigatoriedade de uso de informações eletrônicas e bases de dados na identificação de transações suspeitas.
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