Brasil, 3 de outubro de 2025
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Vídeos mostram presidente da Mocidade se escondendo do MP

Flávio da Silva Santos, presidente da Mocidade, se entregou após escapar por uma saída conhecida, enquanto a operação do MP ocorria.

Nesta sexta-feira (3), um episódio escandaloso envolvendo Flávio da Silva Santos, comumente conhecido como Pepé ou Flávio da Mocidade, ganhou destaque após a divulgação de vídeos de câmeras de segurança. As imagens registraram o momento em que ele tentou evitar os agentes do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) ao sair de seu apartamento na cobertura onde reside. A situação se agravou, visto que Flávio foi rapidamente localizado e acabou se entregando à polícia.

A operação e os mandados de prisão

A operação realizada pelo MPRJ teve como foco a chamada “nova cúpula do jogo do bicho”, variando a investigação que possivelmente compromete uma rede de exploração de jogos de azar no estado. Entre os alvos estava Rogério de Andrade, uma figura central e já implicada em outros crimes, incluindo a morte de um rival no mundo do crime. Os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) também cumpriram mandados de busca e apreensão, que incluiu a quadra da escola de samba Imperatriz Leopoldinense.

Os vídeos mostram Flávio utilizando uma escada de saída e escapando pelas dependências do prédio. Esse movimento coordenado permitiu que ele se esquivasse da abordagem pela frente, mas ao mesmo tempo deixou para trás uma bolsa que continha celulares e uma quantia em dinheiro, itens que foram apreendidos pelos agentes.

Prisão e transferência para presídio federal

A Justiça determinou que Flávio seja transferido para um presídio de segurança máxima fora do Rio de Janeiro, enquanto Rogério Andrade deverá permanecer em uma instalação similar. Antes de sua transferência, Flávio será mantido no Bangu 1, conhecido por suas rígidas medidas de segurança. O advogado Carlos Lube, que representa Flávio, limitou-se a afirmar que comentará apenas no processo, já que ainda não teve acesso completo às investigações em andamento.

A situação de Flávio e Rogério é agravada pela denúncia apresentada pelo MPRJ, que aponta os dois como líderes de uma organização criminosa voltada para a exploração de jogos de azar. De acordo com o documento, os dois estariam operando no setor desde 2014 e estariam diretamente ligados a vários incidentes violentos relacionados a disputas dentro desse meio ilícito.

Acusações e segurança pública

A denúncia também traz à tona a suposta corrupção em corporações policiais, alegando que o grupo criminoso pagava propinas a diversas unidades das polícias Civil e Militar para garantir proteção e impunidade. O MPRJ, por meio de suas investigações, busca mostrar a profundidade dessa rede criminosa, enquanto a sociedade se vê assombrada pelas repercussões dessas atividades nos últimos anos.

A atuação das autoridades no combate ao crime organizado é de vital importância em um contexto onde, frequentemente, as linhas entre legalidade e criminalidade são nebulosas. As revelações sobre Flávio e Rogério oferecem um vislumbre da luta contínua entre as forças do Estado e a criminalidade no Brasil, que se mostra resiliente e adaptativa, mesmo diante das repressões.

Flávio da Silva Santos, ao lado de Rogério Andrade, representa não apenas os desafios do sistema de segurança pública, mas também as vulnerabilidades de instituições que, por muito tempo, parecem ter sido fracassadas por essa rede underground. A pressão pública e a continuidade das investigações são cruciais para a integridade do estado e o restabelecimento da ordem.

Os próximos passos no caso continuarão a ser acompanhados de perto pela mídia e pela sociedade civil. Confiamos na apuração correta e na justiça em casos tão graves quanto a exploração do jogo do bicho e suas consequências. É importante que o sistema funcione e que aqueles que fazem parte dessa rede do crime sejam responsabilizados e punidos conforme a lei.

As autoridades prometem continuar a trabalhar para erradicar a corrupção que permeia as forças de segurança e garantir que operações como essa sirvam como um alerta para outras atividades criminosas que possam ameaçar a sociedade.

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