Na tarde da última sexta-feira (3), a Polícia Civil prendeu Henrique Eduardo, o décimo suspeito de envolvimento no roubo milionário a um condomínio de luxo em Ribeirão Preto, São Paulo. O imóvel onde o crime ocorreu foi alvo de uma operação que culminou na prisão de outros nove indivíduos, com a defesa de Henrique ainda não identificada até o momento.
O assalto e a estrutura da quadrilha
O roubo, que aconteceu no dia 24 de setembro, teve grande planejamento e envolveu uma quadrilha organizada em três núcleos. A polícia identificou os grupos responsável pelas ações logísticas, financeiras e operacionais. O núcleo logístico, que alugou um apartamento no nono andar do edifício meses antes, era liderado por Júlia Moretti, uma jovem de 21 anos, cuja imagem aparece nas gravações de câmeras de segurança sem qualquer disfarce. Ela é a única foragida ainda à procura da polícia.
O núcleo financeiro ficou encarregado de gerenciar os valores obtidos das vítimas, tendo quatro homens detidos em São Paulo. Já o núcleo operacional foi responsável pela abordagem direta aos moradores e pela invasão dos apartamentos, com ações que ocorreram de forma coordenada.
Como ocorreu o crime
Com um planejamento minucioso, os assaltantes conseguiram se infiltrar no prédio. Utilizando documentos falsos, alugaram o imóvel por R$ 12 mil como caução e dormiram no local na noite que antecedeu o crime. No dia do assalto, o grupo se aproveitou do momento em que o zelador e o porteiro foram rendidos para invadir o condomínio. Moradores, além de prestadores de serviço, foram feitos reféns enquanto os criminosos recolhiam joias, dinheiro e outros pertences valiosos.
Um delegado responsável pelo caso, André Baldocchi, estima que o prejuízo das vítimas possa ultrapassar a marca de R$ 4 milhões. Entre os bens subtraídos, contavam-se não apenas objetos de valor, como também celulares e dinheiro. Ao todo, pelo menos 11 pessoas estiveram diretamente ligadas à execução do crime.
Consequências e desdobramentos das investigações
A série de prisões relacionada a este caso evidencia a ação rápida da Polícia Civil em coibir a criminalidade e a resposta do sistema de segurança pública dentro dos limites do estado paulista. Com a prisão de Henrique Eduardo, a polícia intensificou as investigações para localizar Júlia Moretti e os outros foragidos, enquanto analisa mais detalhes sobre o funcionamento desta quadrilha.
Os impactos dessa ação criminosa não se limitam ao prejuízo material das vítimas, mas também ao sentimento de insegurança gerado em um dos bairros mais nobres da cidade. Os moradores do condomínio se mostraram estarrecidos com a audácia do crime e a forma como os bandidos conseguiram investir tanto tempo no planejamento.
Reações dos moradores e medidas a serem tomadas
As reações dos moradores após o assalto refletem uma crescente preocupação com a segurança nas áreas urbanas. Muitas pessoas começaram a se mobilizar em prol de medidas de segurança mais rigorosas dentro de seus condomínios, como o aumento do efetivo de vigilância e o uso de tecnologias de monitoramento.
O caso também levantou um debate sobre a eficácia das políticas de segurança pública e de como os criminosos frequentemente conseguem contornar dispositivos de segurança e execução da lei. A comunidade e as autoridades locais continuam em busca de soluções para garantir que situações como essa não se repitam no futuro.
O desfecho desse caso continua em aberto, à medida que as investigações prosseguem e as prisões são realizadas. A esperança é que a justiça seja feita e que os responsáveis pelo crime sejam levados à penalização adequada.
Esses desdobramentos das investigações têm sido acompanhados com atenção, e a polícia mantém o público informado sobre qualquer nova prisão ou desenvolvimento no caso.
Leia mais sobre o caso no g1 Ribeirão Preto e Franca.