Brasil, 3 de outubro de 2025
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Médico é preso por estupro e injúria em Queimados

Homem agredido na maternidade é preso após acusação de assédio sexual contra técnica de enfermagem.

No último domingo (29), um médico plantonista do Hospital Maternidade de Queimados, localizado na Baixada Fluminense, foi preso em flagrante sob acusações graves de estupro e injúria majorada contra uma técnica de enfermagem. O caso gerou repercussão e revolta entre os profissionais da saúde e a comunidade local, refletindo a crescente preocupação com a segurança e a integridade das trabalhadoras no setor.

Detalhes do ocorrido

Segundo relatos, a agressão ocorreu durante o turno do médico, que teria importunado a técnica de enfermagem puxando seus cabelos e tentando beijá-la à força. Além disso, o médico também teria esfregado seus órgãos genitais contra o corpo da profissional, o que gerou uma reação imediata. Ao tentar se defender, a mulher foi ofendida, apresentando um quadro de forte abalo emocional e necessitando de atendimento médico.

Ainda de acordo com as informações prestadas, o namorado da técnica de enfermagem foi até o hospital em busca de esclarecimentos e confrontou o médico, o agredindo fisicamente por causa do ato de violência contra sua namorada. Essa atitude enriquece o debate sobre a forma como se deve reagir a situações tão graves e a dificuldade de lidar com a impunidade em casos de assédio. Por sua vez, a técnica de enfermagem registrou uma ocorrência na 55ª DP (Queimados).

A prisão do médico e a investigação

Curiosamente, o médico também compareceu à delegacia para registrar uma ocorrência relacionada à lesão corporal, que envolvia a agressão recebida do namorado da técnica. No entanto, ele acabou sendo detido ao mesmo tempo, ao se deparar com as acusações contra si. A Polícia Civil informou que o médico já possuía um registro de importunação sexual desde 2021 e respondia por outros delitos, o que pesa contra ele na análise do caso.

A Prefeitura de Queimados divulgou um comunicado oficial sobre a situação, confirmando o desligamento do médico da unidade de saúde.

“Confirmamos que o médico foi agredido dentro da Maternidade de Queimados. Contudo, a agressão não tem relação com o atendimento prestado na unidade, mas uma questão pessoal entre os envolvidos. Uma colaboradora da unidade acusou o médico de assédio, o que seria a motivação para a agressão. O médico foi desligado do quadro de funcionários terceirizados da Maternidade Queimados no mesmo dia. O caso está sendo investigado pela 55ª DP (Queimados), e a prefeitura está dando o suporte psicológico para a funcionária assediada”, diz a nota oficial.

A insegurança nas unidades de saúde

Esse caso lança luz sobre a necessidade urgente de discutir o assédio e a segurança no ambiente de trabalho, principalmente nas unidades de saúde. Profissionais, como enfermeiros e médicos, muitas vezes expostos a situações de vulnerabilidade, devem contar com medidas de proteção mais eficazes. As ocorrências de assédio e violência física não podem ser tratadas como normais ou aceitáveis em ambientes que têm como principal objetivo salvar vidas e cuidar da população.

Na sequência dessa tragédia, é crucial que as instituições de saúde implementem políticas rigorosas de prevenção e que as vozes das vítimas sejam escutadas e respeitadas. A sociedade precisa reforçar a luta contra o assédio sexual, buscando não apenas a responsabilização dos culpados, mas também a conscientização sobre a importância de um ambiente de trabalho seguro para todos os funcionários da saúde.

Possíveis consequências

As consequências deste caso são profundas, principalmente para a técnica de enfermagem, que não apenas enfrentou uma situação traumática, mas também teve que lidar com o estigma que pode ser associado a casos de assédio sexual. O apoio psicológico e emocional, como ressaltado pela Prefeitura, é vital para que as vítimas consigam recuperar sua autoestima e voltar ao trabalho de forma segura.

Esses episódios trágicos ressaltam a necessidade de se criar um espaço seguro de trabalho e promover um ambiente onde o respeito é a norma. A discussão em torno do assédio sexual no ambiente de trabalho deve ser uma prioridade não apenas para as instituições, mas também para a sociedade como um todo, que deve abraçar a causa da dignidade e do respeito às mulheres e homens que dedicam suas vidas ao cuidado de outros.

Conclusão

Em um mundo que ainda enfrenta a luta por igualdade e respeito, episódios como o ocorridos em Queimados reforçam a urgência de um debate contínuo e eficaz sobre assédio sexual e violência no ambiente de trabalho. A detenção do médico é um passo em direção à justiça, mas a luta pela mudança e pela proteção de trabalhadores da saúde deve seguir firme e constante.

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