Brasil, 3 de outubro de 2025
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Lula enfrenta problemas aéreos em um ano

Presidente passou por três incidentes com aeronaves da FAB em um ano, gerando preocupações sobre a segurança e manutenção da frota.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vivenciou uma série de sustos aéreos ao longo do último ano, enfrentando três problemas distintos com aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) durante seus deslocamentos oficiais. O episódio mais recente ocorreu na última quinta-feira, no Pará, quando uma falha no motor do avião que o transportava obrigou sua comitiva a trocar de aeronave antes da decolagem.

Incidente no Pará preocupou comitiva presidencial

O incidente no Pará ocorreu quando Lula e sua equipe estavam a caminho de Breves, na Ilha do Marajó. De acordo com o relato do próprio presidente, todos os ocupantes tiveram que desembarcar da aeronave em razão da falha no motor, o que gerou receios de incêndio.

Em uma entrevista à TV Liberal, Lula compartilhou sua experiência, enfatizando: “Ontem, ao embarcar para a Ilha do Marajó, teve um problema no motor do avião Casa, da FAB. Tenho que agradecer a Deus porque poderia ter acontecido quando eu estivesse no ar. Ainda em terra, tivemos que descer do avião com medo de o avião pegar fogo.” Após a ocorrência, o presidente mencionou que foi à igreja para agradecer pela segurança.

Histórico de problemas aéreos: arremetidas e falhas

Este não é o primeiro incidente de importância que Lula enfrenta nos ares. Em março deste ano, o avião presidencial passou por uma arremetida ao tentar pousar no aeroporto de Sorocaba, interior de São Paulo. Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, essa manobra é uma prática comum e segura na aviação, motivada por condições climáticas desfavoráveis.

No evento de março, além do presidente, estavam a bordo os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Luiz Marinho, do Trabalho. Os relatos indicam que a decisão de arremeter foi responsável por evitar um possível acidente, demonstrando que, apesar dos riscos, a segurança foi priorizada.

Outro episódio recorrente, que ocorreu em outubro do ano anterior, foi ainda mais crítico. Uma falha no avião levou o presidente a passar quase cinco horas a bordo, enquanto a aeronave sobrevoava a Cidade do México para queima de combustível antes do pouso seguro no Aeroporto Internacional Felipe Ángeles. Lula expressou sua frustração com a situação, o que reacendeu discussões sobre a necessidade de uma nova aeronave presidencial. Naquele momento, a Aeronáutica se encarregou de investigar modelos que poderiam atender às exigências da Presidência, mas o plano foi deixado de lado devido a preocupações com ajustes fiscais fincados no final de 2024.

Desafios da frota da FAB e a questão orçamentária

Os problemas enfrentados por Lula refletem uma crise mais ampla na Força Aérea Brasileira, que opera com uma frota acanhada e em grande parte inoperante. Um levantamento feito pelo jornal O Globo revelou que, até junho deste ano, apenas três das dez aeronaves do Grupo de Transporte Especial (GTE) estavam operacionais. Os ministros e autoridades que necessitam de transporte oficial enfrentam dificuldades devido à escassez de recursos.

Fontes dentro da FAB relataram desafios significativos na compra de querosene de aviação e na manutenção das aeronaves. A falta de verbas afeta não apenas a operação, mas também questões básicas como alimentação e diárias dos militares envolvidos nas missões. Além disso, as despesas cotidianas com serviços essenciais, como água e luz, também são impactadas.

Vale destacar que as aeronaves utilizadas para atender a Presidência não fazem parte da frota reduzida citada anteriormente, que é composta por aviões menores. A assessoria de imprensa da FAB afirmou que as restrições orçamentárias afetam toda a atividade operacional da instituição.

Esses episódios saltam aos olhos, não apenas pela frequência dos problemas, mas também pela implicação de segurança que recaem sobre os transportes oficiais. Assim, a situação atual da frota aérea da FAB e a necessidade de ações eficazes para garantir a segurança do presidente e de sua equipe se tornam urgentemente discutidas no cenário político brasileiro.

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