Brasil, 3 de outubro de 2025
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Intoxicação por metanol: aumento alarmante em São Paulo

O número de intoxicações por metanol em São Paulo chega a 102, com alertas sobre os riscos do consumo de bebidas adulteradas.

A intoxicação por metanol tem se mostrado uma preocupação crescente no estado de São Paulo, com o número de notificações alcançando 102 até o último balanço divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde. A situação se torna ainda mais alarmante ao considerarmos que esses números incluem tanto casos confirmados quanto suspeitos, além de mortes decorrentes desse tipo de intoxicação.

Um panorama preocupante de casos

Os dados revelam que, entre os 102 casos, 91 estão em investigação. Destes, 8 óbitos estão em apuração, sendo 5 na capital paulista, 2 em São Bernardo do Campo e 1 em Cajuru. O número de casos confirmados já chega a 11, incluindo 1 óbito confirmado na cidade de São Paulo.

O metanol é um tipo de álcool utilizado em várias aplicações industriais, mas quando ingerido, pode ser extremamente perigoso e até fatal. De acordo com especialistas, sua metabolização no fígado gera substâncias altamente tóxicas que podem afetar o cérebro, a medula espinhal e o nervo óptico, resultando em cegueira, coma e até morte. Além disso, a intoxicação pode levar a complicações respiratórias e renais graves.

Histórias de vidas afetadas

Em meio a esses números, estão as histórias de pessoas cujas vidas foram diretamente impactadas pelo consumo de bebidas adulteradas. Radharani Domingos, uma designer de interiores de 43 anos, e Bruna Araújo de Souza, de 30 anos, são exemplos dessa triste realidade. Radharani perdeu a visão após consumir caipirinhas em um bar sofisticado em São Paulo, enquanto Bruna foi internada em estado grave após ingerir vodca com suco de pêssego.

O caso de Radharani é particularmente chocante. Após consumir três caipirinhas em um bar conhecido, ela foi internada na UTI, onde sofreu convulsões e precisou ser intubada. Em entrevista, Radharani declarou: “Era uma região nobre, não era nenhum boteco de esquina. Causou um estrago bem grande. Não estou enxergando nada”. Este bar foi posteriormente interditado pela polícia, após a apreensão de cerca de 100 garrafas de bebidas suspeitas.

Impactos em jovens e adultos

Jovens também estão entre as vítimas. Rafael Anjos Martins, de 28 anos, está em coma após consumir gin em uma reunião de amigos. Seus amigos, que também ingeriram a bebida, relataram efeitos severos, como alteração na visão e falta de ar.

Outro caso triste é o de Wesley Pereira, um homem de 31 anos que consumiu whisky em uma festa e ficou internado em estado crítico. Sua família relata que ele ficou em coma devido às complicações resultantes da intoxicação. Wesley também sofreu um AVC, o que deixou sua recuperação incerta.

Necessidade de vigilância

O aumento significativo de casos de intoxicação por metanol em São Paulo destaca a urgência por vigilância e controle rigoroso na comercialização de bebidas alcoólicas. Apesar das ações das autoridades, como a interdição de estabelecimentos e a apreensão de produtos adulterados, a conscientização do público sobre os perigos do consumo de bebidas potencialmente perigosas ainda é crucial.

A Secretaria Estadual da Saúde e outros órgãos competentes têm trabalhado para monitorar e controlar a situação, mas a colaboração da população é essencial. Denúncias sobre estabelecimentos suspeitos podem ajudar a evitar que mais vidas sejam compromissadas.

Prevenção e conscientização

O metanol, muitas vezes presente em bebidas não regulamentadas, representa um risco iminente, e é fundamental que os consumidores estejam cientes dos sinais de intoxicação. Os sintomas, como dores abdominais, alteração na visão e dificuldade respiratória, devem servir como um alerta. Se você suspeita ter consumido bebidas adulteradas, procure imediatamente assistência médica.

Além disso, é vital que campanhas de conscientização sobre o risco de bebidas adulteradas sejam amplamente divulgadas, não apenas em São Paulo, mas em todo o Brasil, para garantir a segurança e a saúde da população.

Enquanto a sociedade luta para lidar com os efeitos devastadores do metanol, cada um de nós tem um papel a desempenhar na luta contra a intoxicação e na promoção de hábitos de consumo responsáveis.

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