Brasil, 3 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Instagram esclarece: smartphones não espionam conversas privadas

Adam Mosseri, CEO do Instagram, desmente boatos de que o app escuta ativamente conversas dos usuários para direcionar anúncios

Em um vídeo divulgado nesta semana, Adam Mosseri, CEO do Instagram, abordou uma das dúvidas mais recorrentes sobre a privacidade digital. Ele afirmou categoricamente que a plataforma não utiliza o microfone do telefone para ouvir conversas e direcionar publicidade, esclarecendo um mito frequente entre usuários e especialistas em tecnologia.

Desmistificando o mito da escuta constante

Mosseri iniciou destacando que já teve diversas discussões sobre o tema, inclusive com sua própria esposa. Ele explicou que a implementação de uma escuta contínua seria uma grave violação de privacidade e ilegal na maior parte do mundo. Além disso, ressaltou que a tecnologia tornaria essa prática facilmente detectável, pois drenaria a bateria do telefone e geraria tráfego de dados visível para os servidores da empresa.

“Se o microfone estivesse ativo, uma pequena luz na parte superior do telefone mostraria que ele está ligado”, afirmou o executivo, reforçando que o próprio funcionamento do dispositivo desmentiria essa teoria conspiratória. Segundo Mosseri, as tentativas de escuta constante violariam normas éticas e técnicas, o que torna essa hipótese totalmente inviável na prática.

As razões por trás das ‘coincidências publicitárias’

Apesar de suas declarações, Mosseri oferece explicações lógicas para os usuários que percebem anúncios relacionados a conversas recentes. São quatro fatores que colaboram para que alguém veja um anúncio sobre um tema discutido recentemente, mesmo sem escuta ativa:

  1. Busca ou interação prévia (o rastro digital): Se a pessoa pesquisou ou clicou em algum produto online, anúncios relacionados podem aparecer posteriormente. A Meta trabalha com anunciantes que compartilham informações sobre visitantes em seus sites.
  2. Influência social e perfis semelhantes: Algoritmos preditivos mostram anúncios com base no interesse de amigos ou de pessoas com perfis semelhantes, aumentando a chance de exibir algo relacionado às conversas.
  3. Exposição inconsciente (memória subliminar): Pode acontecer de o usuário ver o anúncio antes de conversar sobre o assunto sem perceber, internalizando a informação que posteriormente influencia suas falas.
  4. Simples acaso: Muitas coincidências podem ocorrer ao acaso, sem qualquer ligação com escuta ou coleta de dados.

Mosseri pontuou que, mesmo para quemDesconfia, essas razões explicam de forma lógica a aparente conexão entre o conteúdo dos anúncios e conversas recentes, sem precisar de escuta ativa.

Impacto e considerações finais

Ao reforçar que o microfone do telefone não é utilizado para ouvir conversas, o CEO do Instagram reconhece que desmistificar esse tema é desafiador. Ele admitiu que, para muitos usuários, a dúvida persiste, mesmo diante de explicações técnicas e éticas. O tema gera debates constantes sobre privacidade e o funcionamento das plataformas digitais na atualidade.

Para mais detalhes, leia a reportagem completa no O Globo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes