Brasil, 3 de outubro de 2025
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Indicadores econômicos claros na próxima semana impulsionam expectativas do mercado

Dados do comércio, inflação e a ata do Federal Reserve serão essenciais para guiar as decisões do Banco Central brasileiro

Na próxima semana, diversos indicadores econômicos serão divulgados, tendo grande impacto na projeção das políticas monetárias do Banco Central e na direção dos mercados. Com a paralisação do governo dos Estados Unidos, muitos desses dados, incluindo o relatório de emprego, não serão publicados, aumentando a incerteza sobre o cenário internacional.

Segunda-feira – Balança comercial de setembro

Segundo a Macro 4intelligence, após o forte resultado em agosto, a expectativa é de um saldo mais moderado em setembro, com exportações de US$ 30,3 bilhões, alta de 6,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, e importações de US$ 27,4 bilhões, aumento de 17,2%, impulsionado, principalmente, pela compra de uma plataforma de petróleo. Já André Galhardo, da Análise Econômica, alerta que o menor superávit deve ser o menor para setembro em uma década, devido à queda dos preços internacionais das commodities.

Além disso, a expectativa é de que o avanço na margem seja sustentado por altas no IPA Agropecuário e no IPC-BR, com itens como café, mamão, laranja, bovinos e suínos em destaque. Para o consumidor, o aumento da energia elétrica, passagens aéreas e transporte pesa na balança, enquanto o IPA Industrial deve refletir a retração nos preços do petróleo e gás natural.

Quarta-feira – Ata do Federal Reserve e perspectiva de cortes de juros

Segundo Galhardo, a ata do Federal Reserve deve abrir espaço para novos cortes nas taxas de juros, apoiando-se nos sinais de arrefecimento do mercado de trabalho e da atividade econômica. Em relatório, o Bradesco destaca que o documento irá acrescentar elementos às recentes declarações do colegiado, sobretudo em um momento em que a retomada do ciclo de cortes de juros está em foco, apesar do risco de impacto negativo da paralisação do governo dos EUA na atividade econômica.

A Macro 4intelligence projeta uma inflação de 0,5% em setembro, influenciada pela redução no impacto do bônus de Itaipu, menor queda nos preços de alimentos e automóveis, além do aumento nos combustíveis. Mesmo assim, Galhardo acredita que a inflação deverá fechar o ano próximo de 5,25%, com fatores transitórios, como a redução da bandeira tarifária de energia elétrica, contribuindo para a desaceleração dos preços.

Perspectivas futuras e impacto na política monetária

Com a divulgação da ata do Fed e os dados do comércio externo, o cenário para o Banco Central brasileiro se torna mais claro, reforçando a expectativa de que o Banco poderá manter a política de juros elevados por mais tempo. Os analistas avaliam que a desaceleração do índice de preços, aliada ao avanço nas margens de atuação da autoridade monetária, aumenta as chances de o IPCA fechar o ano dentro da meta, que é de 3,25% ao ano.

O próximo relatório de inflação e os indicadores de atividade econômica, junto às ações do Federal Reserve, serão deliberados pela equipe do Banco Central na semana seguinte, orientando uma política de juros que busca equilibrar crescimento econômico e controle da inflação, mesmo em contexto de instabilidade global.

Para acompanhar esses movimentos, o mercado estará de olho também em eventuais ajustes nas tarifas de energia e na evolução dos preços de bens de consumo, que podem afetar a trajetória inflacionária futura.

Fonte: O Globo

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