Hong Kong anunciou nesta sexta-feira (24) uma nova legislação para reprimir o crescimento de moradias extremamente pequenas, conhecidas como “caixa de sapato”, que proliferam na cidade com apartamentos de até 4,5 metros quadrados. A medida entra em vigor em 1º de março de 2026 e reforça os esforços do governo para solucionar a crise de moradia em uma de suas maiores cidades, onde os preços e aluguéis permanecem elevados mesmo com desigualdades sociais acentuadas.
Regulamentação de apartamentos minúsculos em Hong Kong
De acordo com a nova lei, mais de 220 mil apartamentos na cidade, muitos compartilhando banheiros e chuveiros em edifícios antigos e sem elevador, deverão ser registrados oficialmente. Esses imóveis, considerados insalubres por autoridades, terão até 2030 para se adequarem às novas normas, sob risco de multas de até US$ 38.600 (aproximadamente R$ 206 mil) e prisão de até três anos.
Normas de segurança e higiene
Cada moradia deverá atender a requisitos como pelo menos uma janela trabalhável, pia e um banheiro privativo em espaço fechado, além de cumprir padrões de segurança e higiene. A medida visa administrar o crescimento de habitações mínimas, preocupando-se com a qualidade de vida dos moradores.
Impactos e receios dos proprietários
Autoridades estimam que um terço desses apartamentos precisa de reformas urgentes. Entretanto, entidades de defesa dos inquilinos alertam que os proprietários podem repassar os custos das melhorias aos moradores, ameaçando despejar famílias de baixa renda que não suportam aumentos de aluguel.
Reformas e moradia social
A Prefeitura de Hong Kong garantiu recentemente que haverá aumento na oferta de moradias sociais nos próximos anos, buscando equilibrar o mercado imobiliário e combater a escassez de habitações acessíveis, presente há décadas na cidade.
Contexto atual da cidade
Hong Kong, uma das cidades mais caras do mundo, enfrenta desafios históricos de desigualdade social e escassez de opções de moradia adequada. Os apartamentos considerados “caixa de sapato” representam uma solução de emergência, mas também despertam controvérsia quanto à dignidade e segurança dos moradores.
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