A Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Goiás confirmou, nesta sexta-feira (3/10), o primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol no estado. A ocorrência foi registrada em Uruaçu, município localizado na região norte de Goiás. Este acontecimento levanta preocupações em meio ao aumento dos casos em todo o Brasil, onde o metanol tem sido associado a séries de intoxicações e mortes.
Aumento dos casos de intoxicação por metanol no Brasil
Desde o início do mês de outubro, o Brasil tem registrado um aumento alarmante de casos suspeitos de intoxicação por metanol. O Ministério da Saúde informou que o Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) contabiliza 60 notificações de intoxicação, sendo que 11 delas já foram confirmadas, todas em São Paulo. O estado também relatou uma morte oficial relacionada ao consumo da substância. Outras oito mortes ainda estão em investigação, com cinco ocorrendo em São Paulo e duas em Pernambuco.
Dados oficiais dos casos de intoxicação
Os números oficiais fornecidos pelo Ministério da Saúde mostram que São Paulo lidera as notificações com 42 casos suspeitos em análise e 11 confirmados, além de uma morte já confirmada. O estado de Pernambuco conta com cinco casos suspeitos e duas mortes que estão sendo investigadas. No Distrito Federal, há um caso suspeito ligado ao rapper Hungria, enquanto a Bahia registrou um caso suspeito em Feira de Santana, também com a morte do paciente em apuração.
Medidas de emergência do Ministério da Saúde
Diante da gravidade da situação, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou na última quinta-feira (2/10) a implementação de medidas emergenciais para enfrentar o avanço dos casos. Este plano inclui o envio de 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico a hospitais universitários federais e unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, as fiscalizações em bares, distribuidoras e supermercados serão intensificadas para evitar a venda de bebidas adulteradas que possam conter metanol.
O que é o metanol?
O metanol, também conhecido como álcool metílico, é uma substância comumente utilizada na indústria química e de combustíveis. No entanto, o consumo humano de metanol, mesmo em pequenas quantidades, pode resultar em consequências muito graves, como cegueira, falência de órgãos e até a morte. Essa intoxicação ocorre principalmente quando o metanol é consumido em bebidas alcoólicas de procedência duvidosa, muitas vezes misturadas para aumentar a margem de lucro.
O alerta para a população
A confirmação do primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol em Goiás serve como um chamado à população para prestar atenção redobrada na origem das bebidas alcoólicas que consome. As autoridades de saúde recomendam que a população evite o consumo de bebidas de origem desconhecida ou que não possuam rótulos adequados, especialmente em festas e eventos. O alerta é também para que as pessoas fiquem atentas aos sintomas de intoxicação, que podem incluir dor de cabeça, náusea, vômito e alterações na visão.
Em meio a esta crise, o resultado das investigações sobre os casos de intoxicação e as medidas de controle que estão sendo tomadas são cruciais para proteger a saúde da população. É fundamental que a comunicação entre as entidades de saúde e a população seja clara e efetiva para reduzir os riscos e garantir a segurança de todos.
O Brasil enfrenta um momento crítico que requer a colaboração de todos. Com a intensificação das ações de vigilância e a conscientização da população, espera-se que novas intoxicações possam ser evitadas e que as autoridades consigam controlar essa situação preocupante.
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