Brasil, 3 de outubro de 2025
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Dólar em queda e volatilidade no mercado com paralisação nos EUA e debates fiscais no Brasil

Investidores observam a paralisação do governo americano e propostas fiscais no Brasil, impactando o dólar, Ibovespa e clima econômico global

O cenário econômico global permanece de olho na paralisação do governo dos Estados Unidos e nas discussões sobre mudanças fiscais no Brasil. O dólar iniciou a sexta-feira (3) em leve queda, enquanto o Ibovespa acompanha a volatilidade dos mercados internacionais. Essas oscilações ocorrem em meio à continuidade do shutdown nos EUA, que entra no terceiro dia, e às perspectivas das novas propostas de resolução, além dos debates fiscais internos brasileiros.

Paralisação do governo americano e impacto na economia global

Nos Estados Unidos, o governo completa nesta sexta-feira o terceiro dia de shutdown, iniciado na quarta-feira (1º), devido à falta de aprovação do orçamento. O Senado deve se reunir novamente nesta manhã para votar propostas de encerramento, mas a expectativa é de que pouco avanço ocorra, mantendo a paralisação. “A suspensão do governo afeta indicadores econômicos, como o payroll, e potencializa a volatilidade nos mercados”, afirmou a analista de investimentos Maria Souza.

A ausência de dados tradicionais, como o relatório de emprego, exige atenção redobrada às negociações em andamento e às falas de dirigentes do Federal Reserve. Nos mercados, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,17%, ao passo que o S&P 500 e o Nasdaq tiveram avanços menores, refletindo o clima de cautela e expectativa de estímulos econômicos.

Mercado interno e debates fiscais no Brasil

No Brasil, os investidores acompanham as recentes discussões sobre a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, aprovada na Câmara dos Deputados na quarta-feira. O projeto, que dobra a faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil, ainda precisa passar pelo Senado e ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Pedro Moreira, sócio da One Investimentos, explica que a medida pode ampliar o poder de compra da população e estimular o consumo. Contudo, o mercado também acompanha de perto as possíveis repercussões fiscais, já que a medida poderá afetar o equilíbrio das contas públicas, sobretudo se não houver compensações por parte do governo, como a taxação de rendimentos elevados ou dividendos.

Expectativas de resposta fiscal e estabilidade financeira

Especialistas alertam que a possibilidade de aumento de déficits fiscais pode influenciar o comportamento do Banco Central e a trajetória dos juros — refletindo também nos ativos de maior risco. A atenção está voltada, ainda, para o comportamento do câmbio, que hoje mostra uma leve valorização do dólar, embora a moeda acumule recuperação de 0,32% no mês e uma forte queda de 13,6% no ano.

Impactos globais e desenvolvimento nos mercados

Nas bolsas internacionais, os principais índices da Europa e Ásia continuam a apresentar comportamentos positivos. Os mercados europeus, liderados pelo STOXX 600, subiram cerca de 0,48%, impulsionados por expectativas de estímulos econômicos. Na Ásia, o desempenho foi misto, com destaque para Tóquio, que avançou 1,9%, enquanto Hong Kong recuou após dias de alta, fechando em queda de 0,54%.

O otimismo nos mercados ocidentais segue forte, com o fechamento positivo de Wall Street, apoiado na expectativa de cortes adicionais nas taxas de juros, apesar da incerteza gerada pelo shutdown americano. As bolsas europeias também demonstram confiança, sinalizando que, apesar dos riscos, os investidores permanecem focados na recuperação financeira global.

Com as atenções divididas entre os eventos internos e externos, a trajetória do dólar e do Ibovespa continuará a refletir esses fatores de incerteza e otimismo, valorizando o mercado para os investidores atentos às próximas decisões dos governos e instituições financeiras.

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