Brasil, 2 de outubro de 2025
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A adulteração de bebidas alcoólicas com metanol tem causado intoxicações graves no Brasil, levando ao aumento de casos e mortes.

>Como o metanol aparece na bebida alcoólica — e por que isso gera lucro para alguns

Recentemente, o Brasil tem se deparado com um preocupante aumento de casos de intoxicação por metanol, uma substância altamente tóxica que está sendo usada para adulterar bebidas alcoólicas. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, abordou a questão em uma coletiva de imprensa, destacando a necessidade de cautela ao consumir destilados, especialmente em tempos de crescente risco de intoxicação.

Aumento de casos de intoxicação por metanol

Com um total de 59 notificações de intoxicação por metanol até o presente momento, sendo 53 apenas em São Paulo, os dados indicam uma situação alarmante. O ministro Padilha enfatizou que o metanol é um álcool industrial normalmente utilizado em solventes e produtos químicos, mas que se mostra altamente perigoso quando ingerido, podendo causar danos severos ao fígado e ao sistema nervoso.

A intoxicação por metanol é responsável por sintomas graves, como cegueira, coma e até morte. O tratamento imediato é crucial e envolve a administração de etanol farmacêutico, que atua como antídoto, evitando que o metanol se converta em ácido fórmico, mais prejudicial à saúde.

Como se dá a adulteração

De acordo com o ministro, a técnica de adulteração de produtos destilados – o que não é aplicável a cervejas devido ao seu processo de produção que inclui fechos mais seguros e gás – permite que criminosos misturem metanol em bebidas alcoólicas, colocando em risco a vida de consumidores inocentes. Em contrapartida, as cervejas são naturalmente mais difíceis de adulterar, pois, além do fechamento, há um controle mais rigoroso em sua produção.

Padilha ressaltou que todos os estados estão sendo orientados a acessar estoques de etanol farmacêutico para que possam disponibilizá-lo à população em caso de emergências. O governo também está monitorando o crescimento de casos de intoxicação através de uma sala de situação que envolve a atuação de diversas secretarias e órgãos, como a Anvisa e os ministérios da Justiça e Segurança Pública.

Relatos de vítimas

Os relatos de vítimas de intoxicação por metanol exemplificam a gravidade da situação. Rafael Anjos Martins, de 28 anos, foi colocado em coma após consumir gin adulterado durante um encontro com amigos. Assim como ele, outras pessoas relataram problemas de visão e complicações respiratórias após a ingestão de bebidas adulteradas.

Radharani Domingos, uma designer de interiores, perdeu completamente a visão após consumir caipirinhas em um bar renomado de São Paulo. Outros casos, como o de Wesley Pereira e de Marcelo Lombardi, revelam o triste resultado da intoxicação, com complicações medicais que mudaram suas vidas para sempre.

A resposta do governo

O governo está tomando medidas para enfrentar esse problema crescente. Além da compra de 4.300 ampolas de etanol farmacêutico, anotações foram feitas para facilitar o acesso a esse recurso nas unidades de saúde. A Anvisa também já mapeou farmácias que têm capacidade de fornecer etanol e estão estabelecendo centros de referência em cada estado para um atendimento mais ágil.

Com esses esforços, o Ministério da Saúde espera mitigar os efeitos da intoxicação por metanol e responder de forma eficaz aos casos emergentes. A combinação da conscientização sobre o consumo de bebidas alcoólicas e o controle de adulteração é crucial para proteger a saúde da população.

Conclusão

Embora a adulteração de bebidas com metanol seja uma prática criminosa que traz lucros para alguns, o custo social desta atividade é alarmante. A luta contra esse crime requer uma ação coordenada entre as autoridades e um maior cuidado por parte da população. O alerta do ministro da Saúde é claro: “Esteja atento ao que você consome”. É vital que todos se schützen contra esses perigos e que o governo continue a promover estratégias para combater a adulteração de bebidas alcoólicas.

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