A Câmara dos Deputados aprovou um projeto que altera a sistemática de cobrança do Imposto de Renda, beneficiando contribuintes com rendimentos até R$ 7.350. Caso seja sancionado pelo Senado, o texto mudará a forma de tributação para mais de 10 milhões de brasileiros, de acordo com o Governo Federal.
Principais pontos do projeto de isenção do Imposto de Renda
O projeto aumenta a faixa de isenção, que passa a abranger quem recebe até R$ 7.350 mensais, um benefício maior do que a previsão inicial do governo, que era de R$ 7.000. Essa mudança foi proposta pelo relator Arthur Lira (PP-AL), que apresentou uma versão mais favorável ao contribuinte.
Para quem ganha acima desse limite, permanece válida a tabela atual do Imposto de Renda, com alíquotas progressivas que variam de 7,5% a 27,5%, dependendo do nível de renda. A tabela vigente é composta por faixas e alíquotas que vão de até R$ 2.259,20 (isenção) até acima de R$ 4.664,68 (27,5%).
Impacto na arrecadação e número de isentos
Segundo informações do Executivo, a nova regra deve tirar 10 milhões de contribuintes da cobrança do IR neste ano. Considerando os beneficiados com redução de impostos, esse número pode chegar a 16 milhões de pessoas. Para compensar a perda de arrecadação, serão cobrados impostos de quem recebe mais de R$ 600 mil anuais, ou R$ 50 mil mensais.
Veja na calculadora do Imposto de Renda quanto a mudança pode afetar o bolso de diferentes categorias.
Como fica a cobrança do Imposto de Renda para diferentes faixas
O projeto define duas regras distintas:
- Para quem ganha até R$ 7.350, a isenção será ampliada, eliminando a cobrança de IR neste limite.
- Para quem recebe acima de R$ 7.350, a tabela progressiva permanece, com alíquotas que vão de 7,5% até 27,5%, conforme o nível de renda.
Sistema atual e previsão de futuras mudanças
Quem ganhar acima de R$ 7.350 continuará pagando imposto de acordo com a tabela vigente, que inclui as faixas até R$ 4.664,68 (com alíquota de 27,5%). O projeto prevê, ainda, uma cobrança mais pesada para quem tiver rendimentos superiores a R$ 50 mil por mês, influenciando as classes mais altas.
Para verificar quanto cada faixa de renda vai pagar ou deixar de pagar, acesse a calculadora do Imposto de Renda disponibilizada pelo jornal.
Perspectivas e próximos passos
O texto agora aguarda análise no Senado, e a expectativa é que as mudanças entrem em vigor já no próximo ano. O impacto da proposta refletirá na arrecadação e na carga tributária de diferentes segmentos sociais, além de moldar o perfil do contribuinte brasileiro para os anos seguintes.