Brasil, 3 de outubro de 2025
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Por que tendemos a namorar pessoas que se parecem com nossos exes

Estudos sugerem que a atração por indivíduos semelhantes a ex-parceiros tem base na evolução e na familiaridade subconsciente.

Você já reparou que, após um relacionamento, costuma se sentir atraído por alguém que lembra seu ex? Essa tendência, conhecida como namoro doppelgänger, tem explicações na psicologia evolutiva e no comportamento social.

O fenômeno do namoro doppelgänger

Quando alguém se depara com uma pessoa que se assemelha ao ex, o efeito pode parecer uma coincidência, mas há uma explicação mais profunda. De acordo com especialistas, esse tipo de atração é resultado de uma ‘classificação demográfica’ – ou seja, buscamos subconscientemente parceiros que se encaixam em nosso perfil familiar ou físico, reforçando a sensação de segurança.

Exemplos famosos e cotidianos

Celebridades como Kanye West exemplificam essa tendência; após divorciar-se de Kim Kardashian, o rapper começou a namorar mulheres que tinham aparência semelhante à ex, incluindo Bianca Censori, em 2022. Essa preferência também é observada na vida comum: Caitlin, uma mulher de 28 anos, relatou que dois ex-namorados tiveram parceiras que pareciam irmãs, com olhos azuis e cabelo escuro, parecendo um reflexo de seu próprio padrão de tipo físico.

“Minha ex-esposa tem traços idênticos aos meus: mesma forma de rosto, olhos, cabelo, e até faz o mesmo gesto que eu nas fotos”, conta Caitlin. Ela acredita que essa aparência familiar dá uma sensação de segurança e atração subconsciente.

Teoria evolutiva e atração por semelhança

Segundo o psicólogo Glenn Geher, essa preferência por parceiros semelhantes é reforçada pela evolução. “A tendência de escolher alguém parecido consigo mesmo é uma estratégia que pode maximizar o sucesso reprodutivo”, explica. Além disso, pessoas atraentes costumam relacionar-se com outros indivíduos mais atraentes, um padrão chamado de ‘matching de atratividade’, que influencia até fatores de primeira impressão.

Pesquisadores também defendem que a repetiçã de tipos físicos pode estar relacionada à facilidade de processamento no cérebro, que tende a sentir mais confiança e familiaridade com indivíduos que remetem ao nosso próprio perfil genético ou a experiências anteriores.

O papel da familiaridade

Segundo a professora Madeleine Fugère, estímulos familiares são mais facilmente processados pelo cérebro, o que pode gerar uma sensação de maior confiança na pessoa que se assemelha ao ex. “Genes semelhantes, mas diferentes o suficiente, podem favorecer o sucesso reprodutivo”, afirma ela.

Nem sempre o tipo é uma barreira

Apesar de existirem tendências naturais, a preferência por um tipo específico não é absoluta. Muitos indivíduos admitem que, se a pessoa certa aparecer, podem quebrar o padrão. Como enfatiza Blaine Anderson, renomada psicóloga de Austin, “clientes costumam dar critérios físicos rigorosos, mas ainda assim preferem alguém que surpreenda por sua beleza ou personalidade, mesmo que não se encaixe exatamente no perfil padrão”.

Reflexões finais

O desejo de se envolver com quem lembra o ex é uma combinação de fatores evolutivos, de familiaridade e de una conexão subconsciente que vai além da aparência. Compreender esses mecanismos pode ajudar a perceber por que nossas escolhas muitas vezes parecem tão semelhantes, mesmo sem perceber.

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