Apesar de a legislação na Grécia ainda estabelecer uma semana de trabalho de 40 horas, uma nova regra permite que os empregadores solicitem até duas horas extras não remuneradas por dia, por um período limitado. A medida, que teoricamente é voluntária, tem causado protestos entre trabalhadores que alegam ser obrigados a trabalhar mais horas sem compensação financeira adequada.
Horas extras não remuneradas e troca de tempo livre
Segundo informações do G1, os empregadores podem solicitar até duas horas extras diárias, elevando a jornada de trabalho total a 13 horas em alguns casos.
Embora a norma indique que a participação na hora extra seja voluntária, muitos funcionários relataram sentir-se pressionados a trabalhar além do horário sem receber pagamento adicional. Como alternativa, as empresas podem oferecer tempo livre em troca dessas horas extras não remuneradas, o que ainda gera questionamentos sobre o cumprimento de direitos trabalhistas.
Reação dos trabalhadores e controvérsia
Representantes sindicais criticam duramente a mudança, argumentando que ela viola princípios básicos de remuneração justa e pode ampliar a exploração laboral. “Essa medida acaba por obrigar os trabalhadores a trabalharem mais horas sem ver seu esforço reconhecido financeiramente”, declarou Maria Papadopoulos, líder sindical local.
Especialistas afirmam que a iniciativa é uma medida temporária, mas esquecem de abordar os riscos de precarização do trabalho e o impacto na saúde dos funcionários.
Legalidade e perspectivas futuras
De acordo com a legislação grega, a mudança foi aprovada pelo governo como forma de incentivar a produtividade e flexibilizar as relações laborais. Contudo, há dúvidas sobre a efetiva voluntariedade da participação, considerando a cultura empresarial e a pressão social.
Assim, o debate sobre as condições de trabalho na Grécia ganha destaque, podendo desencadear novos protestos e discussões sobre direitos trabalhistas no país.