Os jogadores do Fluminense saíram de campo, ontem, na Ilha do Retiro, cabisbaixos. Afinal, foram dois pontos desperdiçados justamente no último lance do jogo. O técnico Luís Zubeldía poderia estar comemorando a segunda vitória consecutiva à frente da equipe, mas, agora, se frustra com o empate em 2 a 2 com o lanterna Sport, pelo Brasileiro. Por outro lado, o tricolor não tem muito tempo a lamentar e já pode virar a página contra o Atlético-MG, no sábado, às 18h30, no Maracanã.
A partida contra o Sport
O tricolor teve duas mudanças no time titular em relação à vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo. Apesar de não ter lesão detectada, Thiago Silva foi preservado, e Ignácio formou dupla de zaga com Freytes. Na lateral-direita, Guga começou jogando no lugar de Samuel Xavier, que fez dois jogos seguidos após se recuperar de contusão na coxa esquerda.
Embora o Sport tenha iniciado melhor a partida, o Fluminense foi se encontrando aos poucos, principalmente com o poder de criação de Lucho Acosta. Após se destacar no último clássico, o argentino voltou a ser bastante ativo nas ações ofensivas como um “10”. Com bom passe em profundidade, ele achou livre Canobbio, que carimbou a trave e, no rebote, ainda conseguiu finalizar de novo, mas Ramon Menezes tirou de carrinho.
Se a recuperação pós-perda da bola não funcionou tanto como na estreia de Zubeldía, Martinelli seguiu como peça fundamental na dinâmica do meio-campo. Além de se doar na marcação, o volante conseguia “quebrar” a linha de defesa adversária com uma de suas principais armas: a qualidade do passe. Fazendo jus à boa fase com a camisa tricolor, ele pisou na área e só encostou após chute cruzado de Germán Cano, aos 43 minutos. Mas o gol foi anulado por conta de uma falta de Ignácio em Barletta na origem da jogada. O zagueiro foi advertido com cartão amarelo.
Investidas e dificuldades
Após um primeiro tempo abaixo do esperado de Kevin Serna na ponta esquerda, Zubeldía o inverteu de lado com Canobbio. Porém, a decisão surtiu pouco efeito. O colombiano demonstrou dificuldades em ser incisivo no ataque e perdeu a bola mais de dez vezes no jogo, o que gerou contra-ataques ao time pernambucano. Titular novamente sob o comando do também argentino, Cano até tentou sair da área para fazer associações, mas foi pouco participativo.
Quando a bola, enfim, chegou, o camisa 14 girou e chutou na trave. No rebote, Serna encontrou na área Acosta, que só teve o trabalho de empurrar ao fundo das redes. O gol coroou mais uma boa atuação do argentino. Com o Fluminense à frente no placar, Zubeldía trocou Guga por Samuel, mas, ao mesmo tempo, desistiu de colocar Soteldo e Lima, que entrariam mais tarde no segundo tempo.
O Sport reagiu com Lucas Lima, que entrou livre na área e encobriu Fábio com categoria. Com tudo igual no placar, Zubeldía, desta vez, não titubeou na mexida tripla. Além de Soteldo e Lima, John Kennedy recebeu uma oportunidade e aproveitou pênalti em Ignácio para converter a cobrança. Foi o primeiro gol do atacante desde a sua volta ao clube.
Frustração no final do jogo
Mesmo com a vitória “nas mãos”, o Fluminense teve a proeza de ceder o empate no último lance da partida, o que já aconteceu outras vezes nesta temporada. Lucas Lima levantou a bola na área, Ignácio desviou e Luan Cândido apareceu na segunda trave. Zubeldía já tem o que corrigir e lamentar à frente do tricolor.
Próximos passos para o Fluminense
Com o jogo contra o Atlético-MG se aproximando, o Fluminense precisa corrigir os erros e melhorar sua performance defensiva. O desafio será grande, e os torcedores esperam que a equipe consiga aproveitar a experiência acumulada nesta temporada para evitar novos deslizes. A expectativa é que Zubeldía utilize esse tempo para ajustar a equipe e trazer um resultado positivo para o maracanã.
A torcida do Fluminense espera ansiosamente por uma vitória para retomar a confiança e dar um novo gás à equipe. Em um campeonato tão acirrado, cada ponto é precioso e cada jogo é uma nova oportunidade de brilhar.