A Bolsa de Buenos Aires, liderada pelo índice Merval, amarga seu pior desempenho entre os principais mercados acionários do mundo em 2025, refletindo a crise política enfrentada pelo governo de Javier Milei. Segundo dados da consultoria Elos Ayta, até 30 de setembro, o índice argentino recuou 30%, com a queda em dólares atingindo 47,12%, devido à forte desvalorização do peso nas últimas semanas.
Desempenho global dos principais índices acionários
Enquanto isso, o cenário internacional aponta para uma recuperação dos mercados em 2025. O Ibovespa, por exemplo, sobe 21,6% em reais e 41,5% em dólares, ocupando a quarta melhor posição entre os principais índices do planeta. O MSCI Colcap, da Colômbia, lidera com uma alta de 35,7% (53,1% em dólares), seguido pelo Ibex espanhol (33,4% em euros e 50,7% em dólares) e pelo IPyC mexicano (27% em pesos e 44% em dólares).
Índices americanos e europeus
O desempenho do índice Dow Jones, o mais clássico dos americanos, é mais discreto, com alta de apenas 9% em 2025, refletindo a instabilidade na política dos Estados Unidos. Na Europa, o CAC 40 francês apresenta uma alta de 6,8%, afetado pela crise política do presidente Emmanuel Macron, enquanto o AEX holandês sobe 7,3%.
Contexto político e impacto na Argentina
A forte queda do Merval ocorre em meio à rápida deterioração financeira na Argentina, consequência da derrota política do campo de Javier Milei nas eleições locais. Após um ano de desempenho excepcional em 2024, quando a Bolsa argentina acumulou alta de mais de 170%, os investidores agora reavaliam as perspectivas de uma economia marcada por instabilidades e incertezas políticas, que culminaram na recente crise.
“O mercado reflete a perda de confiança após a derrota de Milei nas recentes eleições”, afirma Einar Rivero, analista da Elos Ayta. Segundo ele, a instabilidade política traz consequências diretas para a economia e os mercados financeiros do país.
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